Cocktails muito populares como a Vodka Redbull ou o Expresso Martini, que têm a cafeína como ponto comum, podem ser mais perigosas do que as restantes misturas ou o próprio álcool puro.
Há pelo menos 13 estudos científicos sobre o tema e quase todos (10 em 13) confirmam a conclusão explicando que o efeito estimulante da cafeína encoraja as pessoas a ficar até mais tarde nos bares e a beber mais. Agora, um grupo de investigadores da Universidade de Victoria no Canadá descobriu que as bebidas energéticas conseguem mascarar os efeitos do álcool e aumentar o risco de as pessoas se ferirem por cairem, terem acidentes de carro ou por se envolverem em brigas nos bares.
Audra Roemer, a investigadora responsável pelo mais recente estudo, que faz uma revisão dos outros 13, intitulado “Álcool misturado com bebida energéticas, e o risco de ferimento: uma revisão sistemática”, explica que “habitualmente, quando estamos a beber álcool cansamo-nos e acabamos por ir para casa” mas “as bebidas energéticas mascaram esse efeito, fazendo com que as pessoas subestimem o seu nível de alcoolemia, se envolvam em comportamentos de risco e em prática alcoólicas mais perigosas”.
A Drinkaware, uma associação de educação alcoólica do Reino Unido, alertou, através do seu site, que a mistura de álcool com bebidas energéticas pode ser uma “combinação perigosa”, levando as pessoas alcoolizadas a acreditar que estão a ver de forma totalmente clara, como quem está perfeitamente acordado”, e criando uma falsa sensação de segurança.
O problema agrava-se considerando que os bares, muito populares entre os jovens, oferecem bebidas energéticas e alcoólicas a baixo preço.
Para ter um termo de comparação, saiba que uma bebida energética de 258 ml tem 77 mg de cafeina – quase tanto quanto um expresso de 60 ml (que tem 80 mg), enquanto uma lata de 330 ml de cola contém 32mg.