Esta semana queria dedicar este espaço ao sismo da madrugada de segunda-feira e que nos recordou que o país se situa entre placas, que o próximo grande terramoto pode acontecer a qualquer momento.
Sobre este abalo já muito foi dito e escrito, mas ao fazer um resumo sobre os pontos há um que se destaca e que iria comentar aqui: o comum cidadão não sabe o que fazer antes, durante e após um sismo e não se vislumbra qualquer ação do tipo treino civil.
Mas, o assalto desta manhã levou-me a pesquisar sobre os números dos furtos em Portugal e a alterar o tema. E porquê? Percebi que os números revelam que os furtos abrandaram!!!
A realidade demonstra que os larápios não estão a ir a banhos e continuam a “limpar”, por arrombamento, escalamento ou chaves falsas, habitações e que até não se importam de visitar à socapa e na calada da noite a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, em Lisboa. E, enquanto nas casas de populares apenas levam ouro ou outro tipo de metal, dinheiro incluído, na Secretaria-Geral do MAI os gatunos avançam para computadores portáteis.
Poderiam ser oito computadores portáteis e ponto, mas não! O produto do furto inclui computadores portáteis de chefias desta Secretaria, como por exemplo o computador da secretária-geral adjunta e o do responsável pela área informática. Curiosamente bens que, e sublinho, deixam para trás nas casas privadas – e aqui falo com conhecimento de causa.
Não estou a insinuar absolutamente nada. Mas, que existem, tal como aquando do assalto aos Paióis de Tancos, contornos estranhos existem! E são tão mais estranhos quando se trata da Secretaria do Ministério que tutela as polícias e as secretas.
Além disso, o facto de não ter havido uma reavaliação da segurança do edifício da Secretaria-Geral após colocação de andaimes no edifício vizinho, das câmaras de vigilância estarem inoperacionais deixa-me com muitas interrogações e a pensar sobre qual será o próximo alvo.
Uma das residências oficiais? Novamente um Gabinete governamental? Afinal, os larápios comuns gostam de euros e com sorte ainda encontram envelopes esquecidos em estantes!
Duas coisas são certas:
1. Nem PS, nem PSD podem apontar o dedo quando o tema é furto em edifício público. Afinal, em 2017 o Exército viu os Paióis de Tancos violados; em 2024 a Administração Interna foi visitada pelo alheio.
2. À hora a que escrevo este texto ainda não houve pedido de demissões ou de Comissão de Inquérito. Algo estranho num país que parece andar a reboque das comissões de inquérito.
Estará a escapar-me algo?
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+ Montenegro estacionou ao centro, e bem.
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