“Eu adoro o macarrão!”, diz o Conselheiro Acácio em O Primo Basílio. Em A Cidade e as Serras, a refeição mete “uma travessa a transbordar de arroz com favas”. E, em O Crime do Padre Amaro, o doutor Gouveia “ceava tranquilamente o frango assado”. O mote dos Jantares Queirosianos, realizados pela Fundação Calouste Gulbenkian, é a exposição Tudo o Que Tenho no Saco. Eça e Os Maias (patente até 18 de fevereiro).
Os repastos são literários, mas vão sair do papel, decorrem na Sala do Foyer da fundação. O chefe Miguel Castro e Silva preparou a ementa, segundo explica, de acordo com a tradição e os hábitos da época: sopa de carne com macarrão, bacalhau assado, arroz de favas com frango assado e tarte de maçã com zabaglione de Porto.
Os vinhos também vão casar com o ambiente queirosiano, claro: Tormes, Quinta de Ventozelo e Dalva Tawnt 10 anos. Aconselham-se estômagos à altura das circunstâncias.
Jantares Queirosianos > Fundação Calouste Gulbenkian > Av. de Berna, 45 A, Lisboa > T. 21 782 3000 > 15 jan, 22 jan e 16 fev, 20h > €25 (o bilhete compra-se na loja do edifício-sede)