A preguiça pode, realmente, ser genética, assim conclui uma equipa de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Os investigadores analisaram dados de mais de 90 mil pessoas e conseguiram identificar uma ligação entre sete novos genes e o nível de atividade física.
Os dados continham informações como o tempo que os participantes passavam sentados, a caminhar ou a dormir, registadas através de monitores digitais de pulso. Além disso, foram realizadas análises ao ADN dos participantes. Os cientistas compararam, então, a atividade com as amostras de ADN, com o objetivo de conseguirem identificar ligações entre eles.
A análise revelou a existência de 14 genes, sete deles observados pela primeira vez, que mostraram estar diretamente relacionados com a atividade física de cada pessoa.
O estudo também revelou uma coincidência entre os genes de atividade física e aqueles que têm ligações a doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
A equipa diz que esta descoberta pode ajudar a compreender melhor as causas e consequências da inatividade física, assim como a desenvolver uma compreensão mais profunda dos problemas de sono e condicionamento físico, através da genética.
Os autores acreditam, também, que o estudo revela informações importantes sobre a obesidade, podendo ajudar a determinar se a inatividade é uma causa ou consequência deste problema.