A gestão da Carris vai passar do Governo para a Câmara Municipal de Lisboa em janeiro do próximo ano. A autarquia pretende fazer uma série de alterações que terão um enorme impacto na mobilidade e na carteira dos lisboetas.
O custo destes novos projetos deverá rondar os €60 milhões de euros, ao longo de três anos. A autarquia pretende financiar este investimento com verbas oriundas do Imposto Único de Circulação (IUC), do estacionamento público e das multas de estacionamento.
Alteração dos preços
Os passes para as crianças até aos 12 anos serão gratuitos. Atualmente custam €26,75, o que pode representar, para uma família com um filho, uma poupança superior a €300 anuais. Se apenas comprar o passe para o período escolar, a poupança atinge os €267,5.
As pessoas com mais de 65 anos também serão contempladas nesta descida dos preços. O Navegante Urbano passará de €26,75 para €15 por mês, uma descida superior a 40%, que corresponde a uma poupança anual de €282.
Novas rotas
No seu plano para a Carris, a autarquia pretende criar mais 21 rotas dentro da cidade para melhorar a ligação dentro dos bairros, unindo pontos de maior afluência de pessoas como os mercados, os centros de saúde, as escolas, zonas comerciais, etc.
O primeiro destes projetos arrancará em Marvila e deverá estar concluído já em 2018.
Mais autocarros
Para fazer face a estas novas rotas, a Câmara pretende ainda renovar a frota da Carris com a compra de mais 250 autocarros. Estes serão movidos a gás ou a eletricidade para reduzir os níveis de emissões de carbono dentro de Lisboa.
Todos eles serão equipados com rede wi-fi para que os utentes possam estar conectados com o mundo exterior. O serviço é gratuito.
A par da compra de novos veículos, irão ser contratados mais 220 motoristas.
Mais estacionamento
Para melhorar a mobilidade e incentivar as pessoas a utilizar os transportes públicos, a Câmara pretende criar novos corredores BUS de alto desemprenho nas zonas mais congestionadas.
Serão ainda disponibilizados mais 4 455 lugares de estacionamento nos chamados parques dissuasores, situados junto às zonas com interligações de transportes públicos, como o Areeiro, Pontinha, Bela Vista, Estádio de Alvalade, Colégio Militar, entre outros.