Soalhos flutuantes, cozinhas abertas, varandas menos negligenciadas, sem marquises… As casas novas dos portugueses estão a globalizar-se e já não é preciso percorrer todo um corredor até encontrar, lá no fundo, a casa de banho.
“A casa tradicional, como a conhecemos, é uma invenção dos funcionalistas no início do século XX. Nessa altura, concebiam-se casas com muitos quartos e, acontecia, principalmente nas casas pombalinas, ser necessário atravessar uns para se chegar aos outros”, descreve Jorge Mealha, professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa para as áreas de especialização e desenho urbano, falando do impacto das mudanças culturais e da mentalidade dos portugueses na configuração das habitações.