Portugal acredita que há um grande potencial de investimento saudita e israelita no nosso País, e os próximos meses podem ser importantes nesse domínio. Segundo Filipe Santos Costa, presidente da Aicep, em Outubro terá lugar uma visita oficial a Portugal de uma comitiva da Arábia Saudita, na qual virão empresas mas também os ministros da Economia e do Investimento.
Ainda por confirmar está uma missão vinda de Israel e com a presença do Presidente israelita, que poderá ocorrer no mês seguinte, em novembro.
Esta é uma das apostas da Aicep para os próximos anos, uma espécie de missões inversas. Para além de levar as empresas nacionais lá para fora, nomeadamente para feitas setoriais, o objetivo é incrementar as visitas de comitivas estrangeiras a Portugal, para conhecer as oportunidades de investimento por cá.
Para Santos Costa, este interesse dá força à decisão da Aicep em reorganizar a rede de agências. Serão encerradas as delegações da Aicep em Havana, Teerão e Cantão, e abertas novas em Telavive, Riade e Singapura. Isto porque, de acordo com o plano estratégico da agência, um dos objetivos é “reorientar a rede externa para uma maior prioridade na angariação de investimento produtivo”, nomeadamente junto dos “principais mercados emissores de investimento direto estrangeiro”.
O presidente da Aicep justifica as apostas por estes países poderem representar montantes elevados de investimento e/ou pelas áreas em que atuam, e que podem ser interessantes para uma expansão em Portugal. No caso dos sauditas, têm um poder de investimento de capital elevado, na vertente financeira, e podem ser uma porta de entrada de exportação de produtos nacionais para a região. No caso de Singapura, tem ganho um papel de hub regional cada vez mais relevante. No que toca a Israel, as áreas de potencial interesse para cruzar com Portugal são a tecnologia (nomeadamente fintech) e a gestão de recursos naturais.