O secretário-geral da ONU visitou, na semana passada, uma pequena localidade no centro do Haiti severamente afetada pela cólera e prometeu ajudar a angariar 2,2 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) junto da comunidade internacional para erradicar a epidemia daquele país nos próximos dez anos.
“Estamos aqui reunidos para honrar a memória de milhares de pessoas afetadas pela cólera e testemunhar a nossa solidariedade à família e amigos”, disse Ban Ki-moon, acompanhado pelo primeiro-ministro do Haiti, Laurent Lamothe.
Uma investigação norte-americana, terminada em junho de 2011, conclui que a cólera, que tinha desaparecido do Haiti há 150 anos, foi reintroduzida no país por capacetes azuis nepaleses enviados para o terreno na sequência do terramoto de janeiro de 2010.
A fonte da epidemia de cólera foi atribuída a um rio que corre junto a um acampamento da ONU na cidade central de Mirebalais, onde as tropas nepalesas estavam baseadas.
A ONU nunca reconheceu oficialmente a sua alegada responsabilidade na epidemia.
Uma queixa foi apresentada contra a ONU em março, junto de um tribunal federal em Brooklyn, reclamando que a organização reconheça a sua responsabilidade, indemnize as vítimas e preste os cuidados necessários.