No Dia Internacional da Mulher, celebrado esta quarta-feira, a MasterCard publicou um estudo que analisa como as mulheres estão financeiramente e como se sentem em relação ao seu estado. As conclusões do estudo, realizado em doze mercados europeus, são diversas e representam um pouco do panorama da mulher em termos financeiros.
Analisando o caso português, 84% das inquiridas consideram que a independência financeira é um objetivo prioritário nas suas vidas e sete em cada dez mulheres afirmam ser mais independente financeiramente do que as mulheres da sua família de gerações anteriores.
Além disso, 62% das mulheres em Portugal consideram ter menos independência financeira do que os homens, com quase metade das mulheres (49%) a mencionarem motivos como o facto de fazerem trabalho extra não remunerado, como cuidar de crianças e idosos, decidirem ser mães a tempo inteiro (30%) ou dependerem financeiramente de alguém (13 por cento).
Apesar dessa análise, 78% das mulheres portuguesas sentem-se financeiramente independentes. As principais razões apontadas são o facto de terem os seus próprios rendimentos (87%), disporem de poupanças para fazer face a qualquer problema financeiro (25%) ou utilizarem ferramentas financeiras (10 por cento). Ser independente financeiramente é um dos principais objetivos para oito em cada dez portuguesas inquiridas (84%), acima da média europeia (70 por cento).
Para as mulheres portuguesas (63%), o dinheiro significa maior liberdade. Sobretudo por não terem de depender financeiramente de ninguém, mas também por proporcionar a concretização de objetivos (32%) e um menor stress perante dívidas e/ou investimentos (27 por cento).
Apesar dos progressos verificados ao nível da independência económica, mais de metade das mulheres entrevistadas em Portugal (55%) acham que os seus conhecimentos financeiros são muito básicos ou nulos. Os dados mostram também que mais de metade das mulheres entrevistadas têm dificuldade em entender vários conceitos económicos como investimentos (59%), tecnologia e aplicações de banca (34%), impostos (27%) e hipotecas (18 por cento).
“Este estudo revela como as mulheres em toda a Europa se sentem na gestão das suas finanças e os desafios que enfrentam ao fazê-lo”, analisa Maria Antónia Saldanha, Country manager da Mastercard em Portugal. “Embora existam diferenças entre os países, fica claro que a maioria das mulheres deseja uma maior liberdade financeira. Mesmo estando numa melhor situação que as mulheres de gerações anteriores, ainda há progressos a serem feitos e barreiras que têm de ser superadas para que isso seja possível”, acrescenta.