Os satélites da NASA e da Agência Espacial Europeia com a tarefa de monitorizar a poluição detetaram uma diminuição significativa de dióxido de nitrogénio na China, uma redução que os responsáveis atribuem, pelo menos parcialmente, ao abrandamento das atividades económicas no país na sequência do novo coronavírus.
No final de janeiro, as autoridades chinesas encerraram os transportes de e para Wuhan, onde tinham começado, em dezembro, os primeiros casos de pneumonia, então sem causa conhecida, e os negócios locais também ficaram parados.
As imagens mostram as concentrações de NO2 sobre a China antes e depois da quarentena.
Os dados foram recolhidos pelo Instrumento de Monitorização Troposférica do satélite Sentinel-5 da Agência Espacial Europeia e pelo Instrumento de Monitorização do Ozono do satélite Aura da NASA.
“É a primeira vez que vejo uma queda tão dramática numa área tão grande devido a um evento específico”, sublinha Fei Liu, investigador da agência espacial americana. O especialista recorda outras reduções em vários países aquando da recessão económica de 2008, mas, nessa altura, a diminuição foi gradual.