Não é nenhuma novidade que a dieta japonesa é, antes de tudo, um conjunto de vários ingredientes saudáveis. Arroz, miso, wasabi, algas, chás e peixe fazem desta dieta uma boa arma para perder peso. Mas um artigo do espanhol El País passa em revista outras vantagens desta alimentação, como o seu contributo para a longevidade e para a saúde da pele.
Um dos segredos começa logo na forma de comer: Segundo o El País, comer com pauzinhos ajuda a ingerir a um ritmo mais lento. A quantidade tende a ser menor, em oposição aos hábitos ocidentais onde se come de garfo e faca. O resultado é que, sem muito esforço, a refeição na dieta oriental é feita de forma mais agradável, dando tempo ao cérebro para reconhecer a sensação de saciedade e fazer uma digestão mais fácil.
Por outro lado, ao dar preferência pelo consumo de frutas e verduras, algas e ervas, o sushi combate o envelhecimento precoce: “As algas são muito baixas em calorias e muito mais ricas em potássio, cálcio, ferro e iodo”, explica Paula Rossa, médica nutricionista no Centro Médico Lajo Plaza, em Espanha.
“Comprovou-se que os habitantes de Ogimi, no arquipélago chinês de Okinawa, vivem mais tempo. De facto, há medida que nos afastamos, o envelhecimento prematuro aumenta”, constata a especialista.
“O consumo generoso de salmão e atum representa uma importante contribuição para os ácidos gordos Ómega 3. Estes ingredientes, para além de assegurarem uma boa saúde para a nossa pele, cabelo e unhas, são essenciais para a boa saúde do nosso organismo. Ricos em ácido eicosapentanoico (ECA), contribuem para o correto funcionamento do sistema circulatório e cerebral”, acrescentou.
A pele também agradece a baixa presença de açúcares na dieta oriental. Desta forma, evita-se a glicação de tecidos – uma das principais causas do aparecimento de rugas – e outros distúrbios metabólicos, como a diabetes.
Uma especialista em estética e nutrição, Germa Cabanero, recordou ao El País, um estudo publicado na revista Nature, dirigido por um investigador francês, que sinalizava que os japoneses “dirigem melhor a comida graças a um tipo de enzima digestiva” que não existe nos europeus e nos americanos – e que é vital para processar as porfirinas e os hidratos de carbono”.