A primeira vez que um destes peixes, nativo do Japão, Coreia e China, foi visto em águas californianas foi em 2014. Desde então, já foram avistados várias vezes por mergulhadores entre as algas abundantes da Baía de Monterey.
“Não pode ser confundido com nenhum peixe local. Os outros peixes ficam camuflados e confundem-se com o ambiente à sua volta”, adiantou à CNN Nicholas Ta, que mergulha na área, quase diariamente, há cinco anos, e que, no mês passado, conseguiu filmá-lo. Não é, claramente, o caso deste peixe às riscas pretas e brancas e os cientistas acreditam que terá feito os 8.300 quilómetros que o separam de “casa” juntamente com os destroços resultantes do tsunami de 2011 que atravessaram o Pacífico ao sabor das correntes em direção à América.
“Estas correntes andam em círculos e círculos e depois, dependendo das condições locais, a água pode deslocar-se para a margem”, explica Jonathan Geller, cientista da Califórnia, que desde o tsunami, que se seguiu ao forte sismo de 9.1, ao largo da costa do Japão, estuda o seu impacto na vida marinha.
Em seis anos, Geller já documentou 289 espécies da costa japonesa a chegar ao Havai e à América do Norte, mas muitas delas não se diferenciam muito da população local de peixes.