1. Música no Parque, Cascais
Criado pelos mesmos promotores do Cool Jazz Fest para, de certa forma, colmatar mais um adiamento deste festival, que há anos, sempre em julho, traz até Cascais alguns dos maiores nomes da música internacional, o novo Música no Parque é um claro exemplo da capacidade de resiliência da indústria dos concertos em Portugal. Ao todo, serão seis noites de concertos, sempre com uma primeira parte assegurada por um artista emergente e uma segunda a cargo de um nome mais consagrado. E, como também já é da tradição, com uma abrangência de géneros musicais que garante propostas para todos os gostos. O Música no Parque começa a 22 de julho, com o aguardado regresso dos Xutos e Pontapés aos palcos, a quem se seguem os Quatro e Meia, a 23, e Fernando Daniel, a 24, ficando as primeiras partes, respetivamente, a cargo de Churky, Mimi Froes e Cláudia Pascoal. Já o segundo fim de semana tem início a 29, com o espetáculo Deixem o Pimba em Paz, de Bruno Nogueira e Manuela Azevedo, antecedidos de Filho da Mãe. E continua em crescendo com Buba Espinho e Carminho a 30, e Pedro Mafama e Dino D’Santiago, a 31. Hipódromo Manuel Possolo > Av. da República, 371, Cascais > 22-31 jul, qui-sáb 20h > €10 a €25
2. Festival Lusco-Fusco, Lisboa
No terraço do Capitólio, o novo Festival Lusco-Fusco promete continuar a animar os entardeceres na capital. Ou seja: para cada lusco-fusco, está marcado um concerto, sempre ao fim de semana. Neste sábado, 17, AGIR mostra ao vivo alguns dos temas que está a compor para o novo disco. No domingo, 18, IRMA apresenta o disco de estreia Primavera. O ciclo termina a 24 e 25 de julho, com as atuações de duas das melhores vozes femininas do pop nacional, Carolina Deslandes e Rita Redshoes, que também tem álbum novo com saída prevista para este verão. Terraço do Capitólio > Parque Mayer, Lisboa > até 25 jul, sáb-dom 20h > €10
3. Destemporada, Lisboa
Com “uma temporada metida na gaveta”, devido à pandemia, o CCB volta a abrir as portas durante o verão para uma Destemporada que recupera muitos destes projetos artísticos e lhes junta mais uns quantos. Apesar de o edifício entrar em atividade durante os meses de verão, o epicentro da programação será o palco da Praça CCB, concebido pelo arquiteto Ricardo Bak Gordon como uma praia em socalcos de cortiça, onde as noites de verão serão celebradas ao ar livre durante os meses de julho e agosto ao som de nomes da música nacional como Glockenwise (17 jul), Mancines (24 jul), Marta Ren (31 jul), Selma Uamusse (7 ago), Cabrita (14 ago), Luís Severo (21 ago) e The Legendary Tigerman (28 ago). Centro Cultural de Belém > Pç. do Império, Lisboa > 17 jul-28 ago 21h > €10
4. Festival ao Largo, Lisboa
Depois de, em 2020, ter migrado para o Palácio Nacional da Ajuda, o Festival ao Largo está de regresso a casa, ao Largo de São Carlos, que lhe dá o nome, frente ao Teatro agora pintado de azul. Como já é tradição deste festival de verão alternativo, a programação dividir-se-á entre música e dança, com transmissão online dos espetáculos, compensando desta forma a limitação do número de espectadores. Nesta sexta e sábado, 16 e 17, a Orquestra Sinfónica Portuguesa junta-se ao Coro do São Carlos para um espetáculo no palco do São Carlos dedicado à Música para Cinema, no qual poderão ser ouvidas obras de compositores como Aaron Copland, John Williams, Leonard Bernstein e Ennio Morricone (o concerto será também transmitido no Largo). A segunda metade do programa, até 28 de julho, será dedicada à dança. Nos dias 22, 23 e 24, a Companhia Nacional de Bailado apresenta obras recentes do seu repertório, viajando de um estilo clássico com Shostakovitch Pas-de-Deux de Yannick Boquin, à contemporaneidade de O Canto do Cisne de Clara Andermatt e ao bem-disposto e divertido In The Future do coreógrafo Hans van Manen. O espetáculo Território IV, programa dos Estúdios Victor Córdon que junta alunos de todo o País com coreógrafos internacionais, fecha o Festival ao Largo. Lg. de São Carlos, Lisboa > até 28 jul, 21h > grátis > transmissão online em facebook.com/festivalaolargo
5. Porto Blues Fest, Porto
Após um ano de ausência forçada, devido à pandemia, os blues estão de volta aos Jardins do Palácio de Cristal, mantendo o que já começa a ser uma tradição neste local. Marcado para o último fim de semana deste mês, dias 30 e 31, o primeiro dia abre com os portugueses Dog’s Bollocks, seguindo-se o supergrupo Guitar Fest Summit, um projeto com curadoria de Budda Guedes, de homenagem aos melhores guitarristas de blues portugueses – desta vez, e além do próprio Budda, vão participar João Cabeleira (Xutos & Pontapés), Frankie Chavez e Vítor Bacalhau. Para fechar esta primeira noite, sobe ainda ao palco outro grupo português, os Delta Blues Riders, que surgem acompanhados de uma convidada especial, a cantora e compositora norte-americana Trudy Lynn, já por cinco vezes nomeada para os Blues Music Award. Para a segunda noite estão guardadas duas das propostas mais fortes desta edição e dos próprios blues nacionais, Kiko & The Blues Refugees e Budda Power Blues & Maria João, ambos com discos novos editados este ano. Jardins do Palácio de Cristal > R. de Dom Manuel II, Porto > 30-31 jul, sex-sáb > grátis
6. Jazz no Parque de Serralves, Porto
No ano em que cumpre 30 anos de existência, o Jazz no Parque de Serralves adapta-se à realidade pandémica, sem que com isso se desvirtue o legado das edições anteriores, juntando “músicos portugueses reconhecidos além-fronteiras e músicos europeus com um importante envolvimento na cena nacional”. Em comum, estes artistas têm ainda outro fator, o de terem conseguido chegar a outros públicos, além dos de jazz. Nesta edição, o palco é assim dado a artistas para quem a colaboração sem fronteiras (tanto territoriais como de género musical) tem sido uma constante. Para este sábado, 17, foram convocados os Going, um grupo de dois teclistas e dois bateristas, oriundos de quatro países (Itália, Bélgica, Portugal e França), que se inspira na música de transe do Norte de África e do Médio Oriente e nela incorpora influências que vão do krautrock ao jazz. Ténis do Parque de Serralves > R. Dom João de Castro, 210, Porto > 17 jul, sáb 18h > €12
7. Festival das Artes QuebraJazz, Coimbra
Da união se faz a força, é a conclusão a que se chega com este novo festival que, de 19 e 27 de julho, junta num só programa dois dos mais antigos encontros musicais da cidade de Coimbra: o Festival das Artes, dedicado à música clássica, e o festival QuebraJazz, dedicado ao jazz. Sob o tema Outros Mundos, esta 12ª edição retoma como palco principal o anfiteatro ao ar livre da Quinta das Lágrimas, que irá receber concertos diários de música clássica (Orquestra Gulbenkian ou Músicos do Tejo) e de jazz, destacando-se os espetáculos de abertura e de encerramento. O primeiro junta o aclamado guitarrista norte-americano Kurt Rosenwinkel com a Orquestra Jazz de Matosinhos, para a apresentação do disco conjunto Our Secret World, enquanto o segundo marca a estreia do disco Momentos, do Trio Paulo Bandeira (João Paulo Esteves da Silva, Bernardo Moreira e Paulo Bandeira) com a cantora Cristina Branco. Quinta das Lágrimas > R. António Augusto Gonçalves, Coimbra > 19-27 jul, seg-dom 21h > €15
8. XJazz – Jazz nas Aldeias do Xisto, Fundão, Lousã, Oliveira do Hospital e Covilhã
Com uma década de existência, 45 concertos, sete residências artísticas e quatro álbuns editados, há muito que o XJazz se afirmou como um dos momentos musicais mais marcantes do ano. Pelo inusitado do cenário, ao transformar em palco as tradicionais Aldeias do Xisto da Região Centro do País, mas também pela excelência do cartaz, que tem incluído alguns dos maiores nomes do jazz mundial. Como mais uma vez vai acontecer este ano, com o concerto de Bill Frisell em Janeiro de Cima, concelho do Fundão, marcado para este sábado, 17 de julho, onde o guitarrista norte-americano se vai apresentar em formato trio, acompanhado pelos também consagrados Thomas Morgan no contrabaixo e Rudy Royston na bateria. A programação continua a 23 e 24 na aldeia de Cerdeira, Lousã, com as atuações, respetivamente, de Kimi Djabaté e de Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva; a 31, na Aldeia das Dez, Oliveira do Hospital, com Joana Guerra, Maria do Mar e Carlos Godinho, para terminar a 13 de agosto, em Sobral de São Miguel, Covilhã, ao som de Carmen Souza e Théo Pascal. Várias Aldeias do Xisto da Região Centro > 17, 23-24 jul, 13 ago, sex e sáb 21h > grátis (reservas através do site bookinxisto.com)
9. Que Jazz É Este?, Viseu
O festival está de regresso ao formato de cinco dias consecutivos, de 21 a 25 de julho, privilegiando, nesta 9ª edição, a ocupação de diversos jardins e de espaços exteriores da cidade de Viseu. Nos claustros do Museu Nacional Grão Vasco, por exemplo, apresenta-se, logo na primeira noite, o contrabaixista e compositor Miguel Ângelo, com o seu novo projeto MAU, um trabalho político e conceptual, inspirado na obra de Thomas More, enquanto pelo Parque Aquilino Ribeiro, no coração da cidade, passam nomes como Edu Miranda e Luanda Cozetti, o guitarrista nigeriano Femi Temowo, o coletivo local Gira Sol Azul, o cantor britânico Tony Momrelle e os Carapaus Afrobeat. Ao todo, serão 12 concertos distribuídos por oito locais, a que se juntam ainda as rubricas Jazz na Rua e Jazz ao Domicílio. Vários locais de Viseu > 21-25 jul, qua-dom 17h > grátis
10. ZêzereArts, Tomar, Batalha e Ferreira do Zêzere
Depois de uma edição excecionalmente deslocada para Évora, o ZêzereArts está de regresso às origens, com um programa de concertos, recitais, coros e ópera, em locais como o Convento de Cristo, em Tomar, o Mosteiro da Batalha ou a vila templária de Dornes, em Ferreira do Zêzere. Com direção artística do irlandês Brian MacKay e de Luís Pacheco Cunha, o festival começa neste domingo, 18, em Tomar, com um concerto na Igreja de Nossa Senhora da Graça, pelas 16h, que vai juntar o português Pedro Caldeira Cabral (cítara portuguesa) e o inglês Duncan Fox (contrabaixo) ao Quarteto Lopes-Graça. Para o dia 24, pelas 18h30, está marcado um momento especial na vila de Dornes, com uma seleção escolhida a partir das 17 Séries de Sonatas de Igreja de Mozart, a serem tocadas no órgão ibérico da Igreja de Nossa Senhora do Pranto.
O festival celebra também este ano as presenças da pianista portuguesa Taíssa Poliakova e da violoncelista franco-suíça Ophélie Gaillard, que prepararam as master classes para os cursos de Verão ZêzereArts, ocorridos durante este mês. Alunos e mestres vão agora tocar juntos, apresentando os resultados deste processo pedagógico, em quatro concertos em Tomar (três no Convento de Cristo, a 22, 23 e 24; e outro no Auditório da Biblioteca Municipal, a 28). Também a Igreja Matriz de Areias, em Ferreira do Zêzere, a 25, receberá outro destes espetáculos conjuntos.
No programa do festival, que se prolonga até 8 de agosto, destacam-se ainda a atuação do ensemble Moços do Coro, que apresenta uma seleção de música coral portuguesa nas Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha, a 29 de julho, e a interpretação da ópera I Capuleti e I Montecchi, a belíssima versão de Bellini de Romeu e Julieta, encenada pelo inglês Christopher Cowell em parceria com Brian MacKay, que dirigirá a Musicamerata Ensemble Orquestral. Será a 6 e 7 de agosto, no Cine-Teatro Paraíso, em Tomar, e a 8 na Quinta Queiroz e Mello, em Ferreira do Zêzere. Vários locais em Tomar, Batalha e Ferreira do Zêzere > 18 jul-8 ago > grátis > zezerearts.pt
11. Figuras à Rampa, Faro
Previsto para o início de julho, o novo festival Figuras à Rampa acabou por ser adiado. Assim, a partir de 30 de julho, e até 27 de agosto, sempre à sexta-feira, a rampa do Teatro das Figuras, em Faro, passa a palco exterior de concertos, juntando artistas nacionais consagrados a músicos emergentes do Algarve. A abertura, no dia 30 de julho, cabe ao trio algarvio Suricata, seguindo-se o músico, cantor e autor de várias canções Tiago Bettencourt. Uma semana depois, a 6 de agosto, é a vez de The Legendary Tigerman brilhar numa noite dedicada ao rock and roll, que contará também com a presença dos The Mirandas. A 13, depois da apresentação da dupla Galopim, é tempo de recordar os êxitos de António Variações, nas versões recriadas pela banda do filme Variações. A 20, a rampa recebe o compositor, multi-instrumentista, intérprete e escritor NEEV, que promete não deixar de fora do reportório o tema Dancing in The Stars, com o qual chegou à final do Festival da Canção, tornando-se o artista mais votado pelo público. Antes, nesta mesma noite, atua o cantor, rapper e compositor Infante, cuja mistura de rap com R&B, hip-hop e soul ameaça, em breve, extravasar as fronteiras do Algarve. O ciclo termina a 27 de agosto, numa noite que contará com as atuações de Catalina e dos Capitão Fausto – e se estes dispensam apresentações, como se comprovou pelo sucesso do filme-concerto Sol Posto, já a soul e o R&B dela merecem bastante atenção. Teatro das Figuras > R. João de Brito Vargas, Faro > 30 jul-27 ago, sex 21h > €10