NOS Primavera Sound, no Porto: O que não deve perder no festival (para lá da música)
Comida (muita comida), um mercado de marcas sustentáveis e arte urbana. Assim se faz – também – mais uma edição do NOS Primavera Sound, a decorrer até sábado, 8. Em oito pontos, saiba as novidades (e alguns clássicos) que vai encontrar no Parque da Cidade do Porto
As pizzas napolitanas do Il Fornaio 178, o restaurante italiano de Anthony Oliveira e Catarina Morais, no Porto
Américo Pinto, dono da Cervejaria Gazela, regressa ao festival com os famosos cachorrinhos da casa nascida na zona da Batalha, no Porto
Desde a primeira edição que César Correia, dono da Casa Guedes, marca presença no Primavera Sound, com as famosas sandes de pernil, com ou sem queijo da Serra
Da nova food truck do Bao’s – Taiwanese Burguer, do chefe João Winck, saem vários baos feitos ao vapor, que podem ser acompanhados com Apple Sidra original de Taiwan
A Zouri Shoes estreia-se num festival de música com os seus ténis e uma nova coleção de sandálias, cujas solas são feitas com plástico reutilizado e recolhido nas praias de Estarreja e, em breve, de Viana do Castelo
Pela primeira vez, no Mercado de Primavera, está a Lobo Apparel, marca criada pelo designer Bruno Pereira de sapatos e botas em pele, inspiradas nas antigas botas de trabalho portuguesas
As malas e carteiras da António, marca criada pelas irmãs Ana e Sara Mateus, são feitas à mão em pele de curtimenta vegetal (sem químicos)
As t-shirts ilustradas – com ícones da música às artes plásticas – da IllustrART
O artista urbano Bechkam, juntamente com Tamara Alves, Draw&Contra, Aka Corleone e André da Loba, vão estar a pintar cinco murais
A música inspira os artistas. A dupla Draw & Contra escolheu o tema “Na Porta do Bar”, de Allen Halloween
A Leitaria da Quinta do Paço marca presença pela primeira vez e leva os éclairs de chocolate
O hambúrguer de quinoa, grão, spirulina, sementes de cânhamo e linhaça é uma das sugestões do Pão Nosso, a padaria biológica e de fermentação lenta do Porto
A francesinha para comer à mão do restaurante Madureira’s
As limonadas e as mini panquecas de trigo sarraceno marcam a estreia da Maria Limão na área de streetfood saudável
Américo Pinto, dono da Cervejaria Gazela, regressa ao festival com os famosos cachorrinhos da casa nascida na zona da Batalha, no Porto
As pizzas napolitanas do Il Fornaio 178, o restaurante italiano de Anthony Oliveira e Catarina Morais, no Porto
1. O regresso dos “clássicos”
Muitos restaurantes do Porto participam no Primavera Sound desde a primeira edição. Logo à direita do recinto, encontram-se as sandes de pernil, com ou sem queijo da serra, da Casa Guedes (€4 a €5), e as bifanas da Conga (€2,50). Este ano, estão de regresso os cachorrinhos da Cervejaria Gazela (€4,50), com o dono, Américo Pinto, ao leme. Quem não dispensar uma francesinha, conta com a Trinquinha (€4,50) do restaurante Madureira’s – com fiambre, mortadela, carne assada, salsicha, linguiça fresca, queijo e molho –, pensada para comer à mão. Na mesma zona, estreia-se a Leitaria da Quinta do Paço que trouxe os éclaires de chocolate (€2,50) e também bolas de Berlim, simples ou com chantilly (€1,50 a €2). A antiga Padaria Ribeiro veio, este ano, mais abastecida, juntando aos salgados e doces, as embalagens de biscoitos típicos da casa: fidalgos, pirilampos, línguas de gato, areias e queridinhos (€4,80), que podem ser saboreados na relva, enquanto se assiste aos concertos.
2. Alternativos e saudáveis
Na edição 2019 do festival, todos os postos de comida estão identificados de acordo com as intolerâncias ou opções alimentares: vegan, sem glúten ou vegetarianos. A Pão Nosso, uma das primeiras padarias de fermentação lenta do Porto, estreia-se nos festivais de música com uma ementa biológica, onde se destacam o hambúrguer de quinoa, grão, spirulina, sementes de cânhamo e linhaça (€7), e o kimchi com arroz integral, tamari e gengibre (€8). Pela primeira vez também veio a Maria Limão,de Mónica Santos, que todos os dias terá uma limonada diferente (de gengibre com menta, morango, maça, coco, €2), além de crepes doces e salgados, feitos com trigo sarraceno, e minis panquecas (€5/cone) que levam manteiga de amendoim, nutella e morangos. Entre os saudáveis, conte ainda com a comida vegetariana e biológica do Da Terra, e os chás orgânicos (infusões e tisanas do Cantinho das Aromáticas) da Wheely.
3. Cozinha do mundo
OIl Fornaio 178, restaurante italiano de Anthony Oliveira e Catarina Morais, na zona da Boavista, estreia-se num festival, com quatro pizzas napolitanas: margherita, capricciosa, diavola e, uma novidade, de nutella (€3 a €3,50/fatia). De Espanha, vieram vários negócios de comida: as pizzas do El Rebost de l’Àvia (Barcelona), a cozinha asiática do noodle bar Baembu (Valência) com pad thay com ou sem carne (€6), os hambúrgueres de vitela galega (€7) do La Pepita Burguer Bar (Vigo). De regresso, estão as carnes fumadas em forno de lenha da Wendy’s. Junto ao palco Seat, encontra-se a nova food truck do Bao’s – Taiwanese Burguer, do chefe João Winck – que continuará por aí, nos festivais deste verão – de onde saem alguns dos baos, feitos ao vapor, mais conhecidos do restaurante na Rua de Cedofeita, no Porto: Gua Bao, Chicken Bao, Jack Bao e Lu Rou Fan, feito com barriga de porco (a partir €4,50). Tudo acompanhado com a Apple Sidra original de Taiwan (€3). Os tacos e burritos do Guacamole Gourmet e as empanadas do El Argento juntam-se também à festa.
4. “Um bilhete com arroz do mesmo”
A pensar em que gosta de experiências gastronómicas e no bom marisco de Matosinhos, o festival fez uma parceria com o restaurante O Gaveto para o almoço de sábado, 8, que inclui um arroz de lavagante, alguns mariscos para petiscar, a não menos célebre tarte de amêndoa e uma harmonização de vinhos, com os Douro Boys (grupo de cinco produtores do Douro que junta Quinta do Vale Meão, Quinta do Crasto, Quinta Vale Dona Maria, Quinta do Vallado e a Niepoort Vinhos). A experiência, limitada a 50 pessoas, custa €116 (para quem tem bilhete para o dia 8 do festival) ou €177 (para quem tenha adquirido o passe geral).
5. Street food na zona VIP
Desta vez, quem entrar na Casa de Campo – a zona VIP do festival, reservada a convidados – terá à disposição quatro carrinhas de street food (em vez da cozinha de um chefe), para não destoar do espírito festivaleiro. A Padaria Ribeiro, os gelados artesanais da Amorefrato, a tapioca da Tapi e as sandes de cachaço de porco da Camionete, matam a fome a qualquer hora.
6. Arte urbana
Junto ao Mercado de Primavera, são cinco os painéis que vão estar a ser pintados por artistas urbanos portugueses, numa iniciativa integrada no Seat Art Cities, com a curadoria de Vhils. Cada artista pinta um mural a partir de uma música: a dupla Draw & Contra inspirou-se em Na Porta do Bar, de Allen Halloween, já o bracarense Beckham escolheu o tema Barefoot in the Park, cantado, há dias, por James Blake e Rosalía no Primavera Sound, em Barcelona – nada que não possa acontecer no Porto. A lista de artistas inclui ainda Tamara Alves, Aka Corleone e André da Loba.
7. Um mercado de marcas sustentáveis
A preocupação com a sustentabilidade faz parte do Primavera Sound desde a primeira edição. Este ano, há novidades entre as 20 lojas que compõem o Mercado de Primavera. Tome nota: a Zouri Shoes leva os seus ténis (€80/€85) e uma nova coleção de sandálias (a partir €60), cujas solas são feitas com plástico recolhido nas praias portuguesas; a Lobo Apparel, marca criada pelo designer Bruno Pereira, apresenta botas e sapatos em pele (a partir €80) inspiradas nas antigas botas de trabalho portuguesas. E na banca da António, vai encontrar malas e carteiras feitas à mão, em pele de curtimenta vegetal (a partir €60), idealizadas pelas irmãs Ana e Sara Mateus. Aos discos da Tubitek e da Runaway Records juntam-se as t-shirts ilustradas com ícones da música e pintura da IllustrART (a partir €15) e os bonecos de tecido pintados à mão da Laroca – este ano, Ana Soares pintou a cantora americana Erykah Badu (€50), que atua no festival neste sábado, 8.
8. Das flores às bicicletas
O festival continua a apostar nas coroas de flores naturais, feitas à mão (das 16h às 21h). Este ano, aumentaou-se o Bike Park, para quem se desloca de bicicleta, assim como a área para carregar os veículos elétricos. Quem queira fazer uma tatuagem, durante o festival, conta com os já habituais tatuadores da Nervo Tattoo (tatuagens a partir €50, piercings a partir €25). Já o corte de barba é gratuito no stand da Jameson, numa parceria com a Barbearia Porto. Este ano, o programa do festival não é distribuído em papel – a bem do ambiente. Para ter acesso a todos os horários dos concertos nos cinco palcos, basta descarregar a APP no telemóvel.
NOS Primavera Sound > Parque da Cidade, Porto > até 8 jun, qui-sáb 16h > €56 a €117 (passe)