10 ‘Desktop’ ou ‘laptop’?
De todos os equipamentos de uma habitação, esta é a escolha mais fácil de fazer, do ponto de vista ambiental e económico – um portátil gasta apenas 10% a 20% da energia consumida por um computador de secretária. Uma das óbvias explicações por detrás desta assimetria é que a concorrência entre laptops vive muito da autonomia. Ou seja, a indústria esforça-se por inventar tudo e mais alguma coisa para que estes computadores sejam mais eficientes. O resultado nota-se à légua: para uma utilização média de quatro horas diárias, um desktop custa 55 euros por ano (incluindo os gastos do monitor); um laptop ficar-se-á por cinco a dez euros por ano. Uma poupança que pode atingir, portanto, os 50 euros.
11 Desligue (mesmo) o computador
Julga que não faz mal deixar o computador ligado só porque tem o screensaver activo? Esqueça. Nos desktops, o monitor é o menor dos males: o que suga energia é o próprio computador. Deixar a máquina ligada o dia todo pode custar até €278 por ano (2 190 kWh, partindo do princípio de que o monitor não está ligado), mais €223 do que se trabalhar apenas quatro horas diárias. E fique ainda a saber que compensa desligar o computador sempre que este estiver mais de meia hora sem funcionar (menos do que isso não, dada a energia consumida no arranque da máquina). Quer isto dizer: carregue no botão antes de ir para almoço, no emprego, ou antes do jantar, lá em casa.
12 Imprima menos
Um simples tinteiro pode custar até €30, dependendo da qualidade e da marca da impressora. Pense nisso, antes de decidir imprimir o que quer que seja – dar um valor monetário ao simples acto de premir aquele botão virtual que diz “Imprimir” ajuda a avaliar a real necessidade de o fazer. Se preferir, leve em conta estes dados: imprimir uma página custa cerca de quatro cêntimos; é preciso uma árvore para produzir 8 333 folhas; para fabricar uma folha gasta-se 0,38 litros de água; e por cada tonelada de papel são emitidos mais de 2 500 quilos de dióxido de carbono (o mesmo que um carro emite em seis meses). Aproveite e convença os seus colegas a imprimir menos: por ano, um empregado de escritório imprime, em média, dez mil páginas. Se esse número passar para metade, aos tais quatro cêntimos por página, cada funcionário estará a poupar €200 à empresa. E aprenda a imprimir dos dois lados da folha. Não é assim tão complicado.
13 O recarregável é bom
Fixe este número: as pilhas convencionais têm um impacto negativo no meio ambiente 32 vezes maior do que as recarregáveis. Só para se ter uma ideia, a produção de 1 kWh com pilhas recarregáveis tem os mesmos efeitos no aquecimento global que percorrer 16 quilómetros de carro; as pilhas não recarregáveis equivalem a 457 quilómetros. A carteira fica igualmente a ganhar. As estatísticas dizem que uma casa média gasta 21 pilhas por ano. A três euros por cada embalagem de quatro, a factura ultrapassa os 15 euros. Ora uma embalagem de quatro pilhas recarregáveis custa menos €5 do que isso, incluindo o carregador (metade do preço, se este não estiver incluído). Não levando em conta o gasto de electricidade (que é ínfimo), ao fim de oito meses o investimento fica pago. E fique a saber que as pilhas recarregáveis duram mais tempo do que as outras.