Paris, 11 mai (Lusa) – A revista francesa Cahiers du Cinéma faz uma “homenagem” de 36 páginas, na edição de maio, ao cineasta português Manoel de Oliveira, que morreu a 02 de abril, com 106 anos.
“O cinema de Oliveira é visionário e messiânico, instintivo e oculto, monumental e íntimo”, escreveu o chefe de redação adjunto dos Cahiers du Cinéma, Jean-Philippe Tessé, num artigo intitulado “O homem e a circunstância”, incluído na edição que hoje chegou às bancas francesas.
“A obra é de uma grande sabedoria e de uma grande loucura. Árida em aparência, intimidante pela erudição monumental, desconcertante pelas audácias radicais que a aproximam, por vezes, do cinema experimental. Por mais árida, intimidante e desconcertante que seja, ela criou uma ligação particular com o seu público, nomeadamente aqui em França (e nos Cahiers)”, considerou o crítico de cinema.