A Parker Solar Probe foi lançada em 2018 e, depois de algumas passagens por Vénus, foi colocada numa nova trajetória, em direção ao Sol. Agora, “na Véspera de Natal deste ano, a Parker Solar Probe vai ser o objeto construído por humanos mais próximo de uma estrela”, descreve Nour Rawafi, cientista da missão do John Hopkins University Applied Physics Lab.
A sonda vai ficar sem contacto com a Terra durante o voo ‘rasante’ que a colocará a passar a 6,1 milhões de quilómetros do Sol e deve enviar, a 27 de dezembro, um sinal para confirmar o sucesso desta etapa. Depois, em janeiro, a sonda deve começar a transmitir dados de telemetria e, de seguida, dados científicos, avança o website Space News.
A Parker Solar Probe tem um sistema de proteção termal que a defende dos efeitos da proximidade ao Sol e este escudo está a ter um desempenho melhor do que o que estava inicialmente projetado. As temperaturas a que está de facto sujeita são inferiores àquelas para as quais os cientistas se prepararam. Nos testes no solo, o revestimento começou a esbranquiçar à medida que as temperaturas aumentavam, melhorando o seu desempenho.
Também os painéis solares integrados estão a degradar-se a um ritmo mais lento do que o esperado, com Rawafi a contar que “o sistema está muito saudável e pode ir mais além do que o que preparámos”.
A missão que “está a abrir os nossos olhos para a realidade sobre uma estrela” está a fornecer aos cientistas dados essenciais sobre os ventos solares e a coroa solar à medida que passa por ali e sobre as ejeções solares.
As observações, quer do Sol, quer de Vénus, vão ser particularmente úteis para se perceber mais sobre as estrelas e a proximidade da sonda a estes dois corpos está a fornecer dados bastante significativos.
Em 2025, a sonda deve fazer mais duas aproximações ao Sol e a equipa está ativamente à procura de mais financiamento para conseguir continuar a exploração até 2027, sendo que a Parker pode manter-se na sua órbita com uma reduzida necessidade de combustível durante muito mais tempo.