A sustentabilidade é um tema que tem ganho, aos longo dos anos, uma maior relevância nas organizações e a tecnologia tem tido um papel importante a desempenhar, permitindo que todos nós vivamos e trabalhemos de forma mais sustentável. Desde fornecer-nos as informações de que precisamos para tomar decisões responsáveis, até simplificar o acesso aos benefícios de uma mudança para uma economia mais verde, ou proporcionar uma transição climática justa, certamente que o setor tecnológico fará a sua parte.
São cada vez mais as iniciativas promovidas pelas empresas que visam reforçar o seu compromisso para com o planeta, mas a verdade é que o conceito de sustentabilidade empresarial vai para além disso – deve envolver questões como o crescimento e o bem-estar das comunidades onde se inserem, bem como o desenvolvimento da sociedade em geral.
Gerar um impacto positivo no mundo é o principal desafio das empresas que querem adaptar-se ao mundo moderno e à era da transformação digital. É certo que esta adaptação requer um esforço por parte das organizações, mas é muito interessante perceber a naturalidade com que as coisas estão a acontecer. Hoje, conceitos como a reutilização e o reaproveitamento de materiais surgem naturalmente em contexto empresarial e são realmente valorizados, seja quando pensamos na estratégia da nossa empresa ou da empresa para a qual trabalhamos, seja nas propostas que elaboramos para clientes.
Penso que o que está a acontecer é que as empresas estão a aceitar esta mudança de paradigma com muita naturalidade, ao mesmo tempo que estão a alargar o seu raio de intervenção e o âmbito de análise. Quando as empresas escolhem a localização dos seus escritórios, optando por uma localização junto de uma estação de metro, por exemplo, estão a incorporar o meio de transporte no seu raio de ação e a alargá-lo de forma (in)consciente. O mesmo se aplica quando decidem mudar a sua frota para carros menos poluentes, como é o caso da CGI cuja frota já conta com 33% de carros elétricos/ híbridos, ou quando aplicam o trabalho remoto ou híbrido.
É preciso lembrar que as organizações mais bem-sucedidas são as que têm revelado uma maior preocupação em produzir benefícios para os colaboradores, stakeholders, consumidores e meio ambiente. Estas “pequenas” mudanças nas empresas são grandes passos no combate às alterações climáticas, no sentido do bem-estar das pessoas e no desenvolvimento das comunidades.
Acredito que o futuro é promissor e que a tecnologia será uma aliada no desenvolvimento sustentável, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Definir objetivos e estabelecer metas é essencial para o sucesso das organizações que queiram ser bem-sucedidas no caminho da sustentabilidade, com tudo o que isso implica. As métricas de sustentabilidade já existem nas empresas e devem ser consideradas como parte integrante da estratégia interna. Um dos objetivos estratégicos da CGI é obter o reconhecimento como cidadão corporativo responsável nas comunidades em que os seus colaboradores vivem e trabalham. Como parte deste objetivo, há um compromisso de alcançar emissões líquidas de carbono zero até 2030.
A verdade é que só definindo objetivos se torna possível pensar em ações das empresas, a satisfação dos colaboradores e o reconhecimento dos clientes e parceiros e políticas que garantam o desenvolvimento sustentável . Estamos no bom caminho. O que falta? Sistematizar processos, ter um referencial de melhoria e fazer melhor todos os dias.