É uma caminhada em curso e que obriga a uma mudança de mentalidades da parte de gestores e empresários: passar de uma dinâmica de proteção para uma de prevenção do risco. Mas, no fim do caminho, esse percurso pode significar poupanças não apenas financeiras, como ao nível do impacto em dimensões como o património, as pessoas e o ambiente.
“Muitas vezes o tecido empresarial está muito focado na proteção, no custo, e não na prevenção. É uma jornada de mudança de cultura que temos estado a percorrer. O tema do custo é relevante, mas muito mais é perceber qual a exposição a esse risco e os custos de não acautelarmos esse risco,” defende José Gomes. O CEO da Ageas Seguros, que intervinha no webinar “Gestão do risco e prevenção nas PME“, diz que há mais de dois anos que a empresa tenta colocar este tema na agenda dos empresários.
Através de diversas valências e ferramentas informáticas e da formação especializada de agentes, a seguradora proporciona um serviço contínuo que vai desde a análise do risco até à gestão do dia a dia, disponibilizando informação periódica sobre vários riscos. Concretamente, o PAR – Prevenção e Análise de Risco, serviço proporcionado de forma gratuita pela Ageas Seguros, consiste numa visita de avaliação às empresas, que analisa o comportamento relativamente ao risco e aos sinistros e faz um conjunto de recomendações para que os acidentes não ocorram, protegendo pessoas, património e ambiente. Até ao momento este serviço já fez mais de 3.700 estudos de sinistralidade e mais de 350 intervenções.
“O objetivo é manter essa dinâmica junto de gestores e empresários. Traz benefícios: evita que os acidentes ocorram ou reduzam o seu nível de frequência, e também é bom para nós. Uma relação de win-win,” afirmou na iniciativa da EXAME e da Ageas Seguros que decorreu online esta quinta-feira, dia 10 de dezembro, moderado por Tiago Freire, diretor da EXAME.
“Os custos indiretos de um acidente, como componente reputacional ou absentismo de um colaborador, correspondem a quatro vezes mais do que o custo direto do acidente, da indemnização em si. E cada euro investido na prevenção tem um retorno de 2,2 euros,” apontou depois Alexandra Catalão. Para a diretora de Marketing da Ageas Seguros, prestar aquele serviço de diagnóstico, acompanhamento e prevenção é também “contribuir para a sustentabilidade ambiental e social das empresas”.
A necessidade de sensibilizar as empresas em apostar a priori para evitar a ocorrência de sinistros foi também o que levou a Ageas Seguros a juntar-se à EXAME e a parceiros como o ISQ e a Ordem dos Economistas para lançar a primeira edição do Prémio Inovação em Prevenção. O prazo para concorrer à distinção, que pretende premiar e partilhar as melhores práticas neste domínio, foi entretanto alargado até 31 de janeiro de 2021. Mas o interesse é elevado, de acordo com o diretor geral de Distribuição e Marketing da Ageas Seguros. “Receber um número tão significativo de candidaturas numa altura destas [pandemia] é algo que nos orgulha imenso,” afirmou Gustavo Barreto.
Há quatro distinções a concurso: melhor projeto nacional em inovação na prevenção; melhor projeto em inovação na prevenção na categoria de pessoas e colaboradores; melhor projeto em inovação na prevenção na categoria de património; e melhor projeto em inovação na prevenção na categoria de ambiente Os projetos candidatos serão analisados em fevereiro e março, fase que incluirá visita de equipas do PAR e do ISQ às empresas. Os vencedores serão anunciados numa sessão digital a 13 de abril de 2021.