O Papa Francisco morreu esta segunda-feira aos 88 anos. A sua última aparição foi ontem, Domingo de Páscoa, na varanda da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para dar a tradicional bênção “Urbi et Orbi”. Pelo mundo, várias figuras internacionais já reagiram à morte do Sumo Pontífice.
Numa publicação na rede social X, Emmanuel Macron, presidente francês, reagiu à morte do chefe da Igreja, sublinhando que “De Buenos Aires a Roma, o papa Francisco queria que a Igreja levasse a alegria e a esperança aos mais pobres. Que unissem os homens entre si e com a natureza. Possa essa esperança ressuscitar sem fim para lá dele”, escreveu.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também prestou homenagem o Papa Francisco, sublinhado o “seu amor tão puro pelos mais desfavorecidos”. “O Papa Francisco inspirou milhões de pessoas, muito para além da Igreja Católica, com a sua humildade e o seu amor puro pelos mais pobres dos pobres”, escreveu Ursula von der Leyen.
Também o antigo primeiro-ministro português e agora Presidente do Conselho Europeu, António Costa, dedicou umas palavras ao antigo Papa. “Preocupou-se com os grandes desafios globais do nosso tempo – migração, alterações climáticas, desigualdade, paz – bem como com as lutas quotidianas de cada indivíduo”, disse António Costa.
A Casa Branca também reagiu à notícia através de uma publicação na rede social X, desejando que “Que o Papa Francisco descanse em paz”.
Vladimir Putin, líder russo, expressou condolências pela morte do Papa.
Já o Presidente argentino, Javier Milei, também lamentou o falecimento de Francisco, destacando a sua “luta incansável para proteger a vida desde a conceção”. “O gabinete do Presidente, Javier Milei, lamenta a morte do Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, que se tornou, em 2013, no primeiro argentino a chegar à liderança da Igreja Católica, conduzindo-a “com entrega e amor desde o Vaticano”, escreveu a presidência argentina no X.
“Ele sabia como dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade. Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos”, escreveu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na mesma plataforma, pouco depois da notícia.
No Reino Unido, Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, e o rei Carlos III, publicaram notas de pesar pela morte do Pontífice. “Os seus esforços incansáveis para promover um mundo mais justo para todos deixarão um legado duradouro”, escreveu Keir Starmer. Já o monarca manifestou-se “profundamente triste” pela morte do Papa, louvando o trabalho e devoção de Francisco “durante toda a sua vida”.
Giorgia Meloni, primeira-ministra italiana, publicou uma fotografia, ao lado do Papa, referindo que teve “o privilégio de desfrutar da sua amizade, dos seus conselhos e dos seus ensinamentos, que nunca falharam, mesmo nos momentos de provação e de sofrimento”, escreveu no X. “O seu magistério e a sua herança não se perderão. Saudamos o Santo Padre com o coração cheio de tristeza, mas sabemos que ele está agora na paz do Senhor”, acrescentou.
Em Portugal
Em Portugal, a Conferência Episcopal Portuguesa manifestou que foi com “profunda consternação” que receberam a notícia da morte do Papa Francisco, através de um comunicado. “Ao longo dos 12 anos do seu ministério pastoral, o Santo Padre legou-nos um extenso manancial de gestos, palavras e atitudes, tendo particular atenção as periferias geográficas e existenciais, qual convite à permanente conversão da Igreja, na sua essência sinodal e missionária”, lê-se.
Também o Patriarca de Lisboa,Rui Valério, publicou uma nota em que manifesta o seu pesar pelo falecimento do Sumo Pontífice e relembra a sua presença na Jornada Mundial da Juventude, em Portugal, em agosto de 2023. “O seu magistério e os seus gestos permanecem na nossa memória e elevamos a Deus um hino de gratidão por estes anos em que a Igreja foi pastoreada pelo seu esmero e dedicação incansáveis, como todos pudemos testemunhar”, escreveu. Rui Valério convoca “todos os diocesanos do Patriarcado de Lisboa para uma missa em sufrágio na Sé de Lisboa, hoje, dia 21 de abril, segunda-feira, às 21:00”.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, vai falar esta segunda-feira ao país, pelas 20h00, sobre a morte do Papa Francisco. “O Presidente da República falará hoje ao país, sobre a morte do Papa Francisco, pelas 20h00”, pode ler-se num comunicado publicado no site da Presidência.
Também o Governo português já reagiu à notícia e, de acordo com uma fonte da agência Lusa, o Governo vai decretar luto nacional em memória do Papa Francisco.
Através de uma nota de pesar, o primeiro-ministro Luís Montenegro recorda que “Francisco foi um Papa extraordinário, que deixa um singular legado de humanismo, empatia, compaixão e proximidade às pessoas”. Montenegro relembra ainda as suas visitas a Portugal, no Centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e na Jornada Mundial da Juventude, salientando que “marcaram o nosso país e geraram uma ligação muito forte do povo português com Sua Santidade”, lê-se.
Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros, também se pronunciou, referindo que Francisco “foi um Papa que fez a diferença a todos os níveis”.
Já o presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, considerou que o pontificado de Francisco foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia. “O seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia. A melhor homenagem que podemos prestar é garantir que as suas palavras continuam a ser um exemplo”, disse.
Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, enalteceu o legado do Papa, sublinhando que “ficará para sempre inscrito na história” pela sua “voz corajosa” em defesa da justiça, dignidade humana e paz.
A Universidade Católica Portuguesa também manifestou o seu pesar pelo falecimento do Papa Francisco, referindo que a sua partida “deixa uma dor profunda nos crentes e em todos aqueles que encontraram nas suas palavras, gestos e ações um testemunho luminoso de humildade, generosidade, proximidade e esperança”, lê-se numa nota da Instituição.“Esperança foi não só o mote da sua vida, mas o seu legado, uma mensagem particularmente relevante num mundo de dissidência e contradições, onde o Papa Francisco foi o derradeiro líder ético”, recordou Isabel Capeloa Gil reitora da Universidade.