A vida de árbitro de futebol não é fácil. Mesmo quando consegue realizar uma partida perfeita, sem erros em lances capitais do jogo, há sempre quem não fique contente com o resultado e consiga encontrar no homem do apito o responsável pelos desaires da sua equipa ou um excelente bode expiatório para os seus próprios erros. É possivelmente por isso que são muito poucos os árbitros que conseguiram ter uma carreira de destaque no futebol após abandonarem os relvados. Mas há exceções e uma delas é Pedro Proença, que, na segunda-feira, 24, tomou posse como presidente da Federação Portuguesa de Futebol, uma semana depois de ter sido eleito para o cargo com uma expressiva votação que atingiu os 75%. Depois de quase duas décadas a arbitrar e de mais uma a presidir a Liga Portugal, que reúne os clubes de futebol profissionais, Proença chega, com 54 anos, ao posto mais alto do desporto-rei nacional, num trajeto verdadeiramente meteórico, durante o qual tem conseguido ser quase sempre consensual e raramente encontrou verdadeira oposição.
Glória e dor