Toda a gente já ouviu, pelo menos uma vez na vida, que é dos carecas que elas gostam mais. A frase saiu da popular marcha de Carnaval, escrita em 1942 por Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr. Nós, Os Carecas, e tem servido de arma para aumentar a autoestima de quem sofre de calvície. É de tê-la em baixo, aliás, que se queixa quem vai perdendo cabelos, especialmente se a idade não rimar com um couro cabeludo lustroso e à mostra. E cada vez são menos os que querem assumir que estão a ficar carecas, porque, na verdade, não é deles que elas ou eles gostam mais. A modinha pode ser boa para sambar, mas é mentirosa que dói.
Aliás, a alopecia, o nome oficial para descrever a perda de cabelos, foi declarada, pela Organização Mundial da Saúde, uma doença. Como tal, e atingindo 1% a 2% da população mundial, deve merecer a melhor atenção e um tratamento adequado. Cura, não existe. Um calvo nunca vai ter uma cabeleira farta, mas pode melhorar a sua condição. E os transplantes são essenciais para esse upgrade.