É tão desconhecido ainda que, para já, o fenómeno conhecido como Strong Thermal Emission Velocity Enhancement (STEVE) tem apenas a classificação de “brilho no céu”. Os tons de roxo em forma de arco estreito, que se estendem por centenas ou milhares de quilómetros, aparecerem juntamente com algumas auroras boreais e podem durar entre 20 minutos a uma hora. Ou seja, há auroras sem STEVE, mas nunca se observou um STEVE sem aurora e os investigadores estão agora a braços com a necessidade de investigar este novo fenómeno celestial.
Para já, a equipa da Universidade de Calgary, no Canadá, responsável pela descoberta, concluiu que os mecanismos pelos quais o fenómeno se manifesta são completamente diferentes.
Sabe-se que aparece mais perto do equador do que uma aurora boreal normal e que, conforme resultou da análise de um evento STEVE no Canadá, a 28 de março de 2008, não tem qualquer relação com a presença de partículas carregadas na ionosfera. Ora, sendo as auroras “tradicionais” produzidas na sequência do impacto de eletrões e protões na ionosfera, os investigadores concluiram que não se trata, de todo, de uma aurora.
Resultado: “Agora, sabemos muito pouco sobre ele”, resume Bea Gallardo-Lacourt, física na Universidade de Calgary e principal autora do estudo publicado no Geophysical Research Letters.