O primeiro-ministro espanhol anunciou esta segunda-feira que não vai demitir-se da lideraça do governo. Num comunicado aos jornalistas, depois de ter reunido com o Rei Felipe VI, Pedro Sánchez afirmou que não irá sair. “Decido continuar”, disse.
Na quarta-feira, o chefe do governo espanhol tinha revelado que ponderava demitir-se e que ia parar para refletir durante cinco dias, no dia em que um tribunal de Madrid confirmou a abertura de um “inquérito preliminar” por alegado tráfico de influências e corrupção da sua mulher, Begoña Gomez, na sequência de uma queixa de uma organização conotada com a extrema-direita baseada em alegações e artigos publicados em páginas na Internet e meios de comunicação digitais.
O Ministério Público pediu no dia seguinte o arquivamento da queixa, por considerar não haver indícios de delito que justifiquem a abertura de um procedimento penal.
O líder do Partido Socialista espanhol (PSOE) e do Governo de Madrid disse que ele próprio e a mulher, Begoña Gómez, estão há meses a ser vítimas da “máquina de lodo” da direita e da extrema-direita (Partido Popular e Vox) e que não sabe se vale a pena continuar à frente dos cargos perante um “ataque sem precedentes, tão grave e tão grosseiro”.