Com base em documentos e fontes próximas do caso, o diário económico norte-americano referiu que foram efetuadas intimações e interrogatórios no âmbito do processo perante um grande júri, constituído por cidadãos que participam na fase de investigação.
Estes devem determinar se as plataformas da Meta “facilitam e lucram com a venda ilegal de medicamentos” e, por conseguinte, devem ser objeto de um processo judicial, segundo o Wall Street Journal, que afirma ter consultado intimações distribuídas em 2023.
Os procuradores federais do estado da Virgínia “exigiram registos relacionados com o conteúdo de medicamentos em violação (dos regulamentos) nas plataformas Meta e/ou a venda ilegal de medicamentos através das plataformas Meta”.
A agência Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, está a apoiar esta investigação federal.
Contactadas pela AFP no sábado, a FDA e a Meta não responderam de imediato. No entanto, uma porta-voz da Meta disse ao WSJ que “a venda ilegal de medicamentos (era) contra” a política do grupo e que este está a “trabalhar para encontrar e remover esse tipo de conteúdo” dos seus serviços.
“A Meta está a trabalhar proativamente com as autoridades policiais para ajudar a combater a venda e distribuição ilegal de medicamentos”, afirmou a mesma fonte.
Nick Clegg, presidente de assuntos internacionais da Meta, publicou na rede social X na sexta-feira que o grupo tinha aderido à Aliança para a Prevenção do Abuso de Drogas, juntamente com o Departamento de Estado dos EUA e o Gabinete das Nações Unidas para a Droga e o Crime (UNDOC, na sigla em inglês).
O objetivo é, em particular, “ajudar a prevenir a venda de drogas sintéticas através da Internet”, explicou, lembrando que a crise dos opiáceos é um “grande problema de saúde pública” nos Estados Unidos.
De acordo com os dados dos Centros de Controlo de Doenças, mais de 700 mil pessoas morreram entre 1999 e 2022 nos Estados Unidos devido a uma overdose ligada a opiáceos, obtidos com receita médica ou ilegalmente.
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