Dado que nunca ninguém ali pousou um módulo tudo é novo. Estudar tudo o que possa ser visto pela sonda no local da alunagem é um dos objetivos que ajudarão a compreender ou, pelo menos, a dar pistas sobre a constituição do satélite natural da Terra.
A câmara panorâmica instalada na sonda vai assinalar locais de interesse para estudar os minerais no solo da cratera e o radar vai espreitar o subsolo até uma profundidade de 100 metros.
A equipa de cientistas pretende, também, fazer um mapa do céu em radiação de baixa frequência, através da utilização do espectrómetro instalado) e estudar o comportamento do Sol.
“Como o lado oculto da Lua é protegido da interferência eletromagnética da Terra, é o lugar ideal para pesquisar o ambiente espacial e explosões solares. A sonda pode ‘ouvir’ as profundezas do cosmos”, disse Liu Tongjie, da CNSA, agência espacial chinesa, em 2016.
A possibilidade de manter vida na superfície da Lua é outra das metas da missão. A bordo, segundo o jornal El País, estão ovos de bichos-da-seda, sementes de batata e de várias plantas, para que possa ser investigada a germinação, o crescimento e a respiração. A procura de água é, naturalmente, outro objetivo.
A conquista do espaço está de novo ao rubro e não há dúvidas de que esta é uma grande afirmação política da China. E é para continuar.
Já em 2020, está planeada uma missão ainda mais ambiciosa: enviar o módulo Chang’e 5 para, neste caso, recolher e trazer para Terra amostras do solo lunar.