O atirador já tinha feito quatro reféns judeus quando o muçulmano maliense Lassana Bathily, de 24 anos, escondeu várias pessoas na arca frigorífica da loja, desligou o termostato e as luzes e pediu-lhes que se acalmassem e mantivessem em silêncio.
Inicialmente suspeito de ser cúmplice, Bathily rapidamente procurou ajuda e conseguiu comunicar com a polícia, descrevendo o que se passava dentro do estabelecimento.
“Eu ajudei judeus. Somos todos irmãos” disse o assistente de loja à BFM TV “Não é uma questão de judeus, cristãos ou muçulmanos, estamos todos no mesmo barco”, acrescentou.
Uma petição para conceder cidadania francesa a Bathily tem andado a circular em França nesta última semana e o Ministério do Interior declarou que como resultado “dos atos de coragem de Mr. Bathily durante a tomada de reféns no mercado Hyper Casher no dia 9 de janeiro, o Ministério do Interior acelerou o seu pedido de cidadania”.
A cerimónia oficial irá realizar-se no dia 20 de janeiro.