Foi com um título repleto de simbolismo, Carta de Alforria, que Plutonio regressou aos discos em nome próprio, no final do ano passado, para mais um capítulo da história iniciada em 2013 com Histórias da Minha Life. Desde então, seguiram-se Preto & Vermelho (2016) e Sacrifício: Sangue, Lágrimas & Suor (2019), que confirmaram o rapper de ascendência moçambicana, natural do Bairro da Cruz Vermelha, em Cascais, como uma das atuais figuras de proa do hip-hop nacional.
O nome Carta de Alforria remete para o documento através do qual se concedia a liberdade aos escravos e, segundo o próprio, funciona assim como uma espécie de metáfora para o atual período da vida de Plutonio, que agora se sente “mais livre dos muitos obstáculos e sacrifícios tantas vezes presentes no passado e finalmente autónomo para se dedicar em exclusivo à arte.”
Logo no dia de lançamento, Carta de Alforria tornou-se o álbum de um artista português mais ouvido de sempre. em apenas um dia. a nível global; no álbum de um artista português mais ouvido de sempre, em apenas um dia, em Portugal; e o tema Interestelar foi o single de um artista português mais ouvido de sempre, num único dia, em Portugal. Poucos se podem gabar de ter chegado onde João Ricardo Azevedo Colaço, mais conhecido como Plutonio, chegou, tornando-se, por direito próprio, uma das vozes mais fortes do atual rap português.
Agora, é tempo de seguir em frente, rumo a um novo e cada vez mais brilhante futuro, que tem nesta estreia em nome próprio, na maior sala de espetáculos do País, a Meo Arena, um dos momentos mais altos, não só para Plutonio como para o próprio hip-hop nacional.
E se já antes se havia afirmado como um artista livre, nunca enredado em falsas fronteiras estilísticas e musicais, agora eleva essa fasquia ainda mais alto, moldando os três géneros que lhe são mais caros, hip-hop, trap e R’n’B, para os transformar num estilo cada vez mais reconhecível como o seu.
Plutonio > Meo Arena > Pq. das Nações, Lisboa > 28 fev e 3 mar, sex e seg 20h30 > €20 a €29