Após o cancelamento no ano passado, a 33ª edição do Festivais Gil Vicente quer ser um decisivo virar de página, em que será dado “maior protagonismo às novas gerações e à valorização de novas dramaturgias”. Haverá, desde logo, três estreias absolutas. Esta quinta, 3, Cordyceps, de Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça, apresenta-se como o último espetáculo a ser fruído pelo público perante um cenário futurista de extinção da democracia e, por conseguinte, de proibição do pensamento livre.
No dia seguinte, o nosso sistema político volta a estar em debate, em A Fragilidade de Estarmos Juntos, espetáculo de Miguel Castro Caldas, António Alvarenga e Sónia Barbosa, sobre “a forma como olhamos para a posição do outro e a possibilidade (e os riscos) da empatia”. A fechar o cartaz, no dia 11, está Ainda Estou Aqui, de Tiago Lima, um espetáculo-concerto sobre a solidão destes tempos, com interpretação e música ao vivo de Bruno Ambrósio, Surma (Débora Umbelino), Eduardo Frazão e Rodolfo Major. Do programa constam ainda Fora de Campo, do coletivo SillySeason (2 jun, qua), Memorial, de Lígia Soares (dia 9), e Off, da Mala Voadora (dia 10). Outros ensaios sobre o fim, a apontar para novos começos.
Festivais Gil Vicente > Centro Cultural Vila Flor > Av. D. Afonso Henriques, 701, Guimarães > Centro Internacional das Artes José de Guimarães > Av. Conde de Margaride, 175, Guimarães > T. 253 424 700 > 2-11 jun, qua-sex 19h30 > €7,50, €15 (três espetáculos), €30 (todos os espetáculos)