Quetzal, 496 págs., €22,20
Estas crónicas, publicadas na imprensa nacional, entre 1985 e 1996, escritas quando a investigadora e autora tinha entre os 42 e os 53 anos, agora coligidas por mão atenta em Vida Moderna (Quetzal, 496 págs., €22,20) repassam as perplexidades e as paixões de sempre, assim enumeradas pela própria: rebeldia, ansiedade, hipocondria, a desconfiança em relação ao Estado, a preocupação com as desigualdades sociais e a defesa dos direitos das mulheres.
A vida é observada através da forma sempre livre de Maria Filomena Mónica, o estado do mundo e os costumes pátrios são alvo da lucidez, do pendor queirosiano e do desembaraço da ex-aluna de Oxford. Da guerra do Iraque aos Natais sem filhos, da importância do silêncio ao amor por Verdi, da insegurança nas esquadras a Paris, há que ser seduzido pelas suas singularidades.