Quando abriu, no início de fevereiro de 2019, o restaurante Phôfinho tinha apenas 15 m2 e seis lugares ao balcão. “Era mínimo”, diz Nuno Baltazar, o proprietário, que gere ainda a Flores Guest House ali perto, na Praça das Flores. Isso não o impediu, no entanto, de afinar a receita da pho (sopa vietnamita), de acrescentar umas mesas na esplanada improvisada e de começar a servir os clientes que iam chegando. O sucesso ditou que fechassem durante três meses para reabrirem, em novembro passado, com o dobro do espaço e 25 lugares. Na remodelação, assinada pelo gabinete Anarchlab, apostou-se no vermelho e no papel de parede que recria uma pintura de Van Gogh, também replicada nas t-shirts dos funcionários.
Especializada na sopa tradicional do Vietname, a ementa tem três variedades de pho: vaca (pho bo, €9), galinha (pho ga, €9) e vegetariana (pho chai, €9). “Há muitas formas de confecionar esta sopa no Vietname, a nossa receita é baseada no receituário do Norte do país”, explica Nuno. Antes de acrescentar os noodles de arroz, é necessário tratar do caldo confecionado com ossos, cardamomo, canela, pimenta, anis, gengibre, alho, cebola e daikon, que fica a reduzir ao lume durante cerca de oito horas. “Começamos a preparar às 6h da manhã para servir ao jantar”, refere o proprietário, que se lembrou deste negócio depois de uma viagem de três meses pela Ásia que o levou, entre outros países, a Bali, Singapura, Tailândia e Camboja, terminando no Vietname, o seu destino preferido.
À mesa, a pho chega com uma taça com hortelã, coentros, rebentos de soja, amendoim, malagueta e uma folha de lima kaffir, e pode ser temperada com dois molhos: hoisin e sriracha. Para acompanhar, uma cerveja vietnamita, a Saigon, ou um copo de vinho. Sobre esta sopa “muito saudável”, Nuno Baltazar diz ainda ser “uma refeição rica”. “No Vietname come-se a qualquer hora, mesmo ao pequeno-almoço.” Por agora, no Phôfinho, só pode ser saboreada ao jantar.
Phôfinho > R. Marcos Portugal, 13, Lisboa > T. 96 724 9832 > seg-sáb 19h-23h