Antes de nos atirarmos aos famosos pregos do chefe Vítor Sobral, ouvimos com curiosidade a história desta sanduíche tradicional que, ao longo dos tempos, ganhou fama e muitos apreciadores. E, para isso, é preciso viajar até à Praia das Maçãs, em Sintra, no início do século XIX. Ali, Manuel Dias Prego, dono da taberna o Sr. Prego, ficou conhecido por servir pão com carne assada e bife frito. Na pesquisa feita pela proprietária, Alexandra Lopes, sabe-se ainda que o negócio do Sr. Prego prosperou e o caramanchão da casa serviu de cenário para a pintura Praia das Maçãs (1918), de José Malhoa. O Sai Prego é um tributo a Manuel Dias Prego e, por isso, nestas paredes vê-se agora uma reinterpretação do quadro do pintor, aqui pelo traço do ilustrador Regg Salgado.
Começa-se pela salada de atum fresco marinado, laranja e creme de tomate (€8) e a farinheira grelhada, salada de laranja e hortelã (€8), duas entradas simples mas bem confecionadas. “Não era viável criar uma ementa só com pregos”, diz Vítor Sobral, chefe consultor do Sai Prego. Passe-se agora, sem demoras, às estrelas da casa, que chegam à mesa dentro do pão (existem sete opções, três com novilho e as restantes com frango, atum, porco e a versão vegetariana). Destaca-se o Prego Original, com carne de novilho, tomate e cebola-roxa marinada (€7,50), cozinhado a baixa temperatura durante 12 horas, por ser “guloso”, mas o Prego Tradicional (€10), com carne maturada durante 16 dias, é uma boa surpresa. Há ainda cachorros com salsichas artesanais, uma com maionese e mostarda (€6), outra com chucrute ou cebola (€9), e com peito de frango e portobellos grelhados (€8,50). Para acompanhar, as batatas fritas “de verdade” – “estas não são de pacote”, diz o chefe, que aconselha ainda uma cerveja artesanal.
Sai Prego > R. Conde Redondo, 64 A, Lisboa > T. 21 586 7224 > seg-qui 11h30-15h30, 18h30-23h30, sex até às 24h, sáb 11h30-24h