Sosseguem-se os espíritos dos que conhecem bem a região (a costa mais sedutora, escrevíamos nós, há umas semanas, na capa da VISÃO): não, o L-Colestrol não fechou, está vivo e recomenda-se, só que agora chama-se Cato (convenhamos que ter a palavra colestrol no nome de um restaurante também não é lá muito apelativo).
Diogo Vasconcelos, o mentor do projeto, deu uma volta na carta, simplificando-a, de certa maneira. Sendo assim, nas entradas, há salada de tomate e salada da horta (ambas a €2,50), sopa da horta e sopa de verão (€4,50); nos petiscos, coisas como tortilha (€4,50), cogumelos (€6), húmus (€4,50) e uma excelente meia desfeita de polvo (€7,50); nos pratos principais, destaca-se o polvo (maravilhoso, €14), o bife de touro (€19), os secretos de porco de Monchique (€12), a tortilha da horta (igualmente maravilhosa, €11), a picanha (€11) e os filetes de peixe (€12). Confiar no que há de peixe do dia também é sempre uma boa opção (vem com “batatinhas do vizinho” no forno, legumes grelhados e molho de limão e endro). Para rematar, nas sobremesas, semifrio de limão, mousse de chocolate ou queijo de figo (todas a €4, todas boas, todas partilháveis).
Falta acrescentar o mais importante: que o restaurante continua a ser abastecido dos legumes da horta biológica das traseiras (está aberta a estranhos ao serviço e a visita vale a pena, garantimos), que os sofás e as redes de baloiçar permanecem no sítio do costume, que as margaritas estão iguaizinhas (e irrepreensíveis) e sobretudo que – o melhor fica sempre para o fim – a boa onda daquele terraço a caminho da praia da Bordeira não mudou nem uma palha. Louvado seja.
Cato > R. Hortas do Rio, Casa da Horta, Bordeira, Aljezur > T. 282 998 147 > seg-dom 9h-24h (no inverno fecha às quintas)