Provavelmente quando este texto for lido estará desatualizado. Pedimos desculpa, apesar de a responsabilidade não ser nossa. Mas das mudanças quase diárias que uma abertura suave e discreta (vulgo soft opening) acarreta. No dia em que visitámos os terraços do Carmo, agora bem mais apetecíveis, o novo Topo ainda não estava muito cheio, apesar do final de tarde com temperaturas amenas. Também pensámos que será dificíl que numa área aberta, de 1500 metros quadrados, com três zonas distintas, se sinta alguma vez claustrofobia.
No Topo Chiado é possível deitarmo-nos numa espreguiçadeira, por cima de uma relva e ao lado de um bar de gin. Imaginamos que este seja o sítio privilegiado para conversas a dois, já que a vista é apenas para os prédios da Rua do Carmo. Subindo uma rampa chega-se ao piso intermédio, onde está um dj a dar música com a batida certa (também serão agendados concertos de jazz e sessões de cinema). Junto a ele, há puffs e apetece logo agarrar um destes lugares. Se já estiverem todos tomados, também se pode tentar uma das cadeiras estilizadas e coloridas que servem pequenas mesas de madeira, a uma simpática distância umas das outras. Aí pousarão os cocktails escolhidos das sete páginas do menu de bebidas que já serão conhecidas dos frequentadores do outro Topo, no cimo do Centro Comercial Martim Moniz.
Num andar mais subido – mas ainda assim abaixo do nível da curiosa estrutura de ferro fundido do Elevador de Santa Justa – fica o restaurante propriamente dito, com os mesmos tons de madeira clara da casa-mãe. Para já, só está a abrir às quatro da tarde (ainda não têm cobertura e o calor torra antes dessa hora), e a ementa resume-se a uma dúzia de petiscos: burrata com tomate cherry (€8), guacamole (€7), tábuas de enchidos e queijos (€16-€18), croquetes de porco lento (€7), picado de atum e manga (€12), ou empanadas argentinas (€8). Esta oferta irá crescer e, se calhar, até está mais variada neste momento.Seguramente já estarão a servir os brunches diários, com três opções, entre os 12 e os 18 euros.
Olha-se para esta área, colada às ruínas do Carmo, e em reverência para o Castelo e o casario que fica no seu sopé, e pensa-se: que vai ser distoquando o frio e a chuva nos afastarem das esplanadas? É Miguel Simões de Almeida, o diretor dos dois Topo, que acaba com as interrogações. “A partir de setembro teremos zona interior para 30 pessoas, aquecedores e plásticos para proteger os clientes do mau tempo cá fora.”
Topo > Terraços do Carmo, Lisboa > T. 21 342 06 26 > seg-dom 10h30-24h