A história dos vinhos da Casa Ermelinda Freitas escreve-se no feminino com os nomes de Leonilde, Germana, Ermelinda, Leonor e Joana. Leonilde Freitas, a bisavó, iniciou a saga familiar, em 1920, decidida a “ser uma referência e prestigiar o mundo rural”. A família Freitas fez deste propósito a sua divisa.
Apesar da atenção dada às vinhas e aos vinhos, desde o princípio, durante muitos anos apenas se cultivavam duas castas – Fernão Pires nos brancos e Castelão nos tintos – e se produzia vinho a granel, que era vendido sem marca própria às adegas da região. Foi assim no tempo de Leonilde, no de Germana e também no de Ermelinda, mas só até ao momento em que, após a morte prematura do seu marido, Manuel João Freitas, a filha única, Leonor, decidiu juntar-se à mãe, esquecendo a formação académica numa área muito diferente, dando novo rumo à vida e à empresa. Já tem junto de si a filha Joana Freitas, representante da quinta geração.
A grande mudança na Casa Ermelinda Freitas ocorreu em 1998, quando foi construída uma nova adega e adquirida uma linha de engarrafamento, contando com o apoio do enólogo Jaime Quendera. Logo nesse ano foi lançado o primeiro vinho produzido e engarrafado na casa: Terras do Pó. O investimento prosseguiu num ritmo de tal modo rápido e seguro que a área de vinhas passou de 60 para 440 hectares e as castas multiplicaram-se. Predominam as tintas: 60 por cento de Castelão e 20 por cento de outras variedades tintas, como Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah, Aragonês, Alicante Bouschet, Touriga Franca, Merlot, Petit Verdot, Pinot Noir, Trincadeira, Petite Sirah, Carmenére e Moscatel Roxo. Os restantes 20 por cento são de uvas brancas: Fernão Pires, Chardonnay, Arinto, Verdelho, Sauvignon Blanc, Moscatel de Setúbal, Viosinho, Encruzado, Alvarinho, Pinot Grigio, Viognier, Vermentino e Gewürztraminer.
Os vinhos colecionam prémios, quem os faz, honrarias. Diz Leonor que “na Casa Ermelinda Freitas não se investe para fazer mais, mas sim para produzir o melhor”. Certo é que se tornou um dos maiores produtores nacionais de vinho com prestígio consolidado. Do topo à entrada de gama são já referências: Leo d’Honor, Quinta da Mimosa, Dona Ermelinda, Terras do Pó, Dom Campos, Casa Ermelinda Freitas, Vinha do Rosário, M.J. Freitas e Dom Freitas, além dos espumantes e dos moscatéis.
Dona Ermelinda Branco 2015 Feito de uvas das castas Fernão Pires, Arinto, Antão Vaz e Chardonnay, este vinho tem bela cor palha esverdeada, aroma intenso com notas de frutos tropicais, paladar cheio e macio, denotando bom equilíbrio entre todos os componentes, e final persistente. Boa aptidão gastronómica, indo tão bem com pratos de peixe e de carnes brancas como com massas e saladas. €4,49
Sauvignon Blanc 2015 Os vinhos elaborados exclusivamente com a casta Sauvignon Blanc caracterizam-se pela frescura e os mais notáveis vêm de climas frios. Este tem características muito próprias, com o aroma intenso em que se destacam notas tropicais e algum floral, e a frescura esperada que o torna vivo, intenso e refrescante na boca. Pede para acompanhar pratos leves. €8,99
Leo d’Honor 2009 É a expressão máxima da casta Castelão (ou “Periquita”, como continua a ser popularmente designada), que tem aqui o seu território de eleição. Muito concentrado na cor e no aroma, denso e complexo no paladar, com taninos afirmativos, mas finos, e elegante final de boca, acompanha com distinção pratos de carne estufada ou assada e de caça, bem como queijos fortes. €29