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1 – SOVINA
Arménio Martins, 49 anos, e Alberto Abreu, 65 anos, são os mentores daquela que foi uma das primeiras cervejas artesanais a surgir em Portugal, em setembro de 2011. À paixão de Alberto, há muito ligado ao ramo imobiliário mas exímio apreciador de cervejas artesanais, juntou-se a minúcia de Arménio, designer, que gosta de cozinhar nas horas vagas, e é provador oficial de cervejas. O escritório da imobiliária de Alberto, junto da Boavista, viu-se rapidamente transformado em cervejaria. A Amber e a Helles foram as primeiras a surgir no mercado, com bom acolhimento dos apreciadores.
Atualmente, a Sovina tem cinco variedades permanentes (além das duas já descritas, a Stout, a Trigo e a IPA) e vai lançando outras, sazonalmente. Por mês, produz 2 mil a 3 mil litros, sobretudo, para o mercado nacional, embora já tenha sido assediada pelo estrangeiro (EUA, Macau e Brasil). Mas a produção em pequena escala ainda não permite que tal aconteça. Fatura 100 mil euros, sendo que metade deste valor resulta das vendas de kits de extrato de malte ou de malte em grão, através do projeto Cerveja Artesanal (que organiza workshops abertos ao público).
Neste caso, e por via de uma loja online, podem ser adquiridos os kits para diferentes tipos de cerveja (cada lata, a partir €15,80, dá para cerca de 23 litros): com especiarias, sabor natalício, trigo, framboesa, cidra. bastando adicionar água e deixar fermentar durante, no mínimo, 15 dias. O êxito tem sido tal que a garagem improvisada “que serviu de laboratório de experiências” vai ser substituída, este verão, por um espaço maior, situado na zona industrial do Porto, onde a Sovina pretende organizar um Oktoberfest, em outubro.
LOCAIS DE VENDA
Mercearia das Flores R. das Flores, 110 Porto T. 22 208 3232
Gallus Churrasqueira R. Mário Cesariny, Loja 5, Lisboa T. 21 758 0400
E também em algumas lojas gourmet, de mercearia fina e restaurantes do País
2 – VADIA
O que é que um professor de informática, um gestor de uma multinacional (e engenheiro alimentar) e o diretor de uma empresa de gestão em Angola têm em comum? Além de uma grande amizade, a paixão pela cerveja. Neste caso, a “brincadeira” que levava Nuno Marques, Nicolas Baillard e Vítor Silva a passarem os sábados enfiados numa casa, a produzirem cerveja, na zona de Vale de Cambra, acabou por dar origem à Vadia.
“Os nossos familiares e amigos diziam que andávamos na vadiagem [risos]. Daí surgiu o nome.” A ideia dos três amigos nem era “produzir para venda, mas sim terem alguma coisa para se entreter”, conta Nuno. Mas quando, em 2008, instalaram uma banca nas festas de Santo António, em Vale de Cambra, e os 80 litros que ali expuseram se esgotaram em dois dias, perceberam que, afinal, a “brincadeira” era capaz de se tornar num negócio.
Ultrapassadas várias burocracias e depois de transformarem um antigo aviário, em Ossela, numa cervejaria artesanal, a Vadia foi oficializada em janeiro de 2012. Em novembro, já recebia a medalha de prata no Brussels Beer Challenge, em Bruxelas. Neste momento, produz 4 mil litros por mês e possui quatro variedades (Trigo Branca, Pilsner, Ruiva e Preta). “Fazemos a cerveja de que gostamos de inspiração alemã, de trigo”, conta Nuno Marques.
“O objetivo é conseguir aumentar as vendas para um patamar que nos permita ser cervejeiros a tempo inteiro.” A Vadia deve consumir-se fria para ficar com “o sabor mais próximo de uma cerveja saída da cuba”.
LOCAIS DE VENDA
3 – ROLLS BEER
Quem faz cerveja é um apaixonado, diz Rui Abreu, 51 anos, um dos gestores da marca de cerveja artesanal Rolls Beer, no seu escritório improvisado, em Pombal. Paulo Alexandre Silva, 48, e Manuel António, 49 anos, acompanham-no nesta aventura de criar uma das melhores cervejas artesanais do País (e do mundo, dizem). O nome não surgiu à toa e faz lembrar a Rolls Royce.
A Rolls Beer legalizou-se em dezembro, mas já tem três variedades à venda (nectar, premium e special). De fabrico natural, dispensam o gás artifi cial, os conservantes e corantes. “Não tem nada artifi cial”, assegura Paulo Silva, que se junta à conversa. A ideia de Rui Abreu e Alexandre Silva não é limitarem-se ao consumo interno, já estão em algumas lojas e restaurantes do Reino Unido e de Angola e mantêm negociações com o Brasil.
Por enquanto, as garrafas fabricadas em Portugal apresentam-se na medida de 750 mililitros. De resto, continuam a utilizar os métodos artesanais, mas evoluíram para maquinetas mais complexas. Fica o aviso: deve beber-se fresca, mas não gelada.
AS VARIEDADES:
Nectar 5,5º Cerveja pilsner cor de palha clara e cremosa. Cerveja do tipo escandinava. A segunda fermentação acontece na garrafa sem açúcar, usando apenas extratos de malte
Premium 6,5º Cerveja produzida com maltes pilsner, trigo e black. Predomínio de lúpulos frutados e especiarias que lhe confere um amargo suave e delicado
Special 8º Cerveja especial do tipo Belga, de cor dourada, espuma densa e uma boa vedação. Aroma suave ao paladar com um sabor levemente adocicado
LOCAIS DE VENDA
Mercearia Gostos e Sabores Av. Diogo Cão, 16, Lj. 1, Loures T. 21 983 1011
Museu da Cerveja, Terreiro do Paço, Ala Nascente, Lisboa T. 21 098 7656
Pedaços de Azeitão – A Loja do Queijo Pç. da República, 34, Vila Nogueira de Azeitão T. 21 218 0084
Supermercados Neomáquina e Intermaché, em Pombal
Tradição com Alma Encomendas online: www.facebook.com/ TradicaoComAlma T. 91353 7100
Casa Oriental Campo dos Mártires da Pátria, 110-112, Porto T. 22 200 2530