A quantidade de estudos a demonstrar os benefícios de um copo de vinho tinto por dia, sobretudo para a saúde cardiovascular, é tanta que alimentou a ideia de que é melhor para a saúde acompanhar assim o jantar do que abster-se totalmente do álcool. Agora, uma nova investigação concluiu que, em termos de risco de mortalidade, dá igual.
Investigadores da Universidade de Victoria, no Canadá, reuniram os resultados de 107 estudos envolvendo mais de 4,8 milhões de participantes e determinaram que, em comparação com os que não bebem ao longo da vida, as pessoas que bebem moderadamente – menos de 25 gramas de álcool – não têm menor risco de mortalidade.
Por outro lado, esta análise encontrou uma relação entre o aumento do risco de morte e o consumo de mais de 45 gramas de álcool por dia, o que equivale a três ou mais bebidas.
“As provas dos benefícios para a saúde” do consumo de pequenas quantidades de álcool “está a ficar cada vez mais fraca”, assegura Tim Stockwell, co-autor desta investigação e investigador da Universidade de Victoria.
Numa coisa, esta equipa e todas as que anteriormente se dedicaram ao estudo dos efeitos do álcool na saúde estão de acordo: consumir cinco ou mais bebidas num dado momento, para os homens, e quatro ou mais, para as mulheres, não é saudável.
No ano passado, a Organização Mundial de Saúde declarou que nenhuma quantidade de álcool é segura.