A associação ambientalista Quercus considerou hoje “importante mas insuficiente” a entrada em funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcântara, defendendo que o Estuário de Tejo deve ser alvo de uma monitorização global.
“Se por um lado nos congratulamos com este esforço, que esperamos tenha continuidade e que haja rigor a partir daqui no uso desta infraestrutura, por outro não estamos a fazer uma avaliação e monitorização global do Estuário do Tejo”, disse à agência Lusa Francisco Ferreira, da associação ambientalista Quercus, adiantando que atualmente só é feita nos rios.
O ambientalista chamou também a atenção para o que considera serem “duas promessas falhadas” relativamente à política da água.
A ETAR de Alcântara é o maior equipamento do género em Portugal e tem a particularidade de ter uma cobertura vegetal. Custou cerca de 70 milhões de euros e vai permitir o tratamento e a desinfeção de todas as águas residuais de mais de 756.000 habitantes do município de Lisboa, incluindo a zona ribeirinha do Terreiro do Trigo, em Santa Apolónia, até Belém, e parte dos municípios de Amadora e de Oeiras.
Na cerimónia de inauguração, esta manhã, estiveram presentes, a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, primeiro-ministro demissionário, José Sócrates e o presidente do Câmara municipal de Lisboa, António Costa.