escritor
"A democracia não veio em modelo de fábrica, embrulhadinha, pronta para ligar à corrente"
O escritor Hugo Gonçalves em entrevista à VISÃO
Paul Auster em entrevista: "Vou fazer 75 anos em fevereiro! Não parece possível: por dentro, sinto-me um jovem, um principiante"
O escritor americano morreu esta terça-feira, 30, na sua casa de Nova Iorque, vítima de cancro do pulmão. Há três anos, por ocasião do lançamento do seu novo livro, Um Homem em Chamas – A Vida e A Obra de Stephen Crane, biografia dedicada a um herói literário esquecido, deu esta entrevista à VISÃO, que agora republicamos. Nela, evoca outras paragens: a América de Biden, a velhice que o apanhou de surpresa e o falhanço da literatura em salvar o mundo
"Quando se muda o voto para o Chega, assume-se um suicídio das ideologias. É uma base de descontentamento que não está a ser canalizada para uma construção, seja ela utópica ou de outra natureza"
O escritor e professor emérito do King’s College de Londres Hélder Macedo em entrevista à VISÃO
"Quem morre em combate vira herói. Se disser alguma coisa contra Savimbi, sei que vou incomodar até a juventude que está hoje na linha da frente da luta pela democracia e que idealiza a figura dele"
O escritor José Eduardo Agualusa em entrevista à VISÃO
O barco morto
Nada daquilo me surpreendeu: é o dia a dia em qualquer estrada africana. Um homem equilibrando um barco numa mota, isso sim, já pode ser considerado um pouco invulgar
A solidão de Teodoro
Sente saudade de qualquer coisa, um pedaço da infância, o riso de Delfina, a gargalhada dos filhos. Nostalgia de algo que nunca houv
"As fronteiras são um sistema antigo para lidar com as consequências de guerras religiosas. Não estão feitas para lidar com a globalização, a internet e as alterações climáticas"
O escritor e historial James Crawford em entrevista à VISÃO
Entrevista a Francisco Camacho: "Sinto que escrevo como se tivesse uma câmara na cabeça. Estou a ver aquilo tudo"
Nem hiperintelectualizada, nem “light”. Ao terceiro romance, "O Monte do Silêncio", Francisco Camacho continua a procurar uma literatura que chegue ao grande público com “histórias bem contadas”
"Não há uma linha clara a separar o nível em que a ansiedade é crucial para a sobrevivência da espécie daquele em que é capaz de destruir vidas"
O escritor, ativista e conferencista Andrew Solomon, em entrevista à VISÃO
Orhan Pamuk: "A Humanidade precisa de um governo mundial forte para sobreviver aos grandes desafios"
O escritor turco, Prémio Nobel da Literatura em 2006, explora, no seu novo e ambicioso romance – de ressonâncias quase proféticas –, a relação entre as pandemias e o autoritarismo. Em entrevista, esforça-se por não ceder ao pessimismo, mesmo quando se insurge contra a falta de democracia no seu país – onde diz ter cada vez mais leitores, apesar da perseguição que lhe move o governo de Erdogan. Admite já não ter a pretensão de mudar o mundo com a sua escrita, mas mantém intactas algumas utopias – e até tem uma proposta para salvar o mundo
"É errado pensar que toda a gente na Escandinávia era viking; os invasores eram apenas uma parte muito pequena da população. E os capacetes com chifres nunca existiram"
A Inglaterra é, pelo menos em parte, uma criação ou um legado das guerras vikings, tal como a província da Normandia em França. Muitos aspetos dos costumes – como o conceito de “lei” no Norte da Europa – também têm origens aí. O arqueólogo, professor e escritor Neil Price em entrevista à VISÃO
"É incrível como normalizamos a indústria da carne. Dizemos que é natural, mas não há nada de natural em ter 50 mil galinhas, dois mil porcos ou 100 vacas leiteiras num barracão"
O ambientalista e escritor George Monbiot em entrevista à VISÃO
A “escuridão brilhante” de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura 2023
Autor de uma das obras "mais marcantes numa direção ideal”, a Academia Sueca acaba de distinguir Jon Fosse com o Prémio Nobel de Literatura de 2023. Em janeiro, falámos com o autor de “Septologia”, o seu monumental romance de 1300 páginas, que está a ser publicado em Portugal pela Cavalo de Ferro
1885–1963: Aquilino Ribeiro, rural e cosmopolita
Recordado por livros como Terras do Demo e Quando os Lobos Uivam, o escritor foi, também, um empenhado republicano e lutador pela democracia
1907–1995: Miguel Torga, o insubmisso da montanha
O escritor resiste no Plano Nacional de Leitura e no ensino. Mas conquistar novas gerações é também tarefa árdua, numa época madrasta para o seu legado cívico
1919–1989: Fernando Namora, retalhos da vida de um escritor
Um antigo autor best-seller que nos últimos anos voltou às livrarias
1901–1978: Vitorino Nemésio, intelectual popular
É lembrado pelo romance Mau Tempo no Canal, mas publicou, sobretudo, livros de poesia
1911–1993: Manuel da Fonseca, o grande contador de histórias
Foi uma vida a escrever sobre desigualdades sociais. Os neorrealistas chamaram-no para o seu grupo, e os comunistas continuam a chamá-lo um deles. Naturalmente
1919–1978: Jorge de Sena, eterno desassossegado
Perseguido pelo regime de Salazar, acabou por sair do País em 1959. Mesmo depois do 25 de Abril, nunca conseguiu regressar. “Sempre exilado, e sempre presente” – era esta a sua condição
1901–1969: José Régio, irredutível desalinhado
O poeta que exclamou “sei que não vou por aí” tornou-se grande com a sua escrita solitária e prolífica. Polemizou com fartura e, antes de morrer, deixou um recado ao “mundo inimigo”