Nem Tudo É Ficção
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O relâmpago

Julian imaginou as pedras. Rochedos duros, redondos, rolando ao longo de uma encosta íngreme. Imaginou que era uma dessas pedras

José Eduardo Agualusa
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A convicção do impostor

José Eduardo Agualusa
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Lázaro e o cornudo

A morte é definitiva, ainda que a vida, como este escritório, seja toda ela um simulacro. A sua situação, contudo, pode alterar-se

José Eduardo Agualusa
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O barco morto

Nada daquilo me surpreendeu: é o dia a dia em qualquer estrada africana. Um homem equilibrando um barco numa mota, isso sim, já pode ser considerado um pouco invulgar

José Eduardo Agualusa
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Um destino improvável

Só a vida é capaz de criar personagens assim, não apenas implausíveis, mas, mais do que isso, capazes de subverter a própria realidade

José Eduardo Agualusa
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Querida Inteligência

A minha relação com a IA começou desta forma, discutindo sobre o tempo. Depois, passámos a conversar sobre Deus, a morte, o sentido da vida, receitas de bacalhau, tintas para cabelo

José Eduardo Agualusa
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A vingança

A morte do pai provocou nele um sismo interior, fundo o suficiente para que nem a mãe se desse conta, mas de tal forma poderoso que alterou por completo a sua personalidade

José Eduardo Agualusa
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O Sol de Van Gogh

Antigamente, esquecia-me do nome das pessoas. Agora esqueço-me das pessoas. Outro dia comecei à procura do telemóvel, enquanto o utilizava para falar com o meu filho

José Eduardo Agualusa
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O café das almas perdidas

Sentei-me numa outra mesa, de frente para ela, com o mesmo espanto, quase religioso, com que me sento à varanda, na minha casa, para assistir ao nascer do sol

José Eduardo Agualusa
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"Stage diving"

Nascimento acrescentou que, nas noites sem lua, as pessoas não têm sombra. Sem sombra, não correm o risco de serem arrastadas até águas profundas

José Eduardo Agualusa
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A pedra faladora

Mostrou ao governador uma pequena pedra, da mesma cor que a sua própria pele, e com uma idêntica textura

José Eduardo Agualusa
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Frutos Silvestres

O homem veste uma gabardina, umas calças de camuflado e botas militares. Caminha, em passadas largas e precisas

José Eduardo Agualusa
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Os céus de Celestina

Bilal já não envelhece. É o tempo que envelhece à volta dele. Continua a tecer cestos. Na verdade, agora é sempre o mesmo cesto

José Eduardo Agualusa
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O buraco

Uma coisa era uma rainha africana transformar uma escrava em cadeira, para enfrentar, de igual para igual, um colono europeu

José Eduardo Agualusa
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A casa de coral

Sentei-me à mesa deles. Ula herdara da mãe o cabelo denso e escuro, e, sobretudo, aquela segurança de quem funda e desenha os próprios caminhos

José Eduardo Agualusa
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Fúlvia

Acordei com o sol a dançar na parede do quarto. Na minha idade – em breve farei 100 anos –, qualquer dia de sol é um triunfo

José Eduardo Agualusa
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O sonâmbulo

Estava empenhado em distinguir se aquilo que sentia era um legítimo arrebatamento místico – o nirvana! – ou uma prosaica bebedeira

José Eduardo Agualusa
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Jamal e a morte

Malak entrou, um pouco surpreso. A maioria das pessoas que ele visitava recebia-o com choros e gritos. Muitos recusavam-se a acompanhá-lo, e ele tinha de os arrastar à força

José Eduardo Agualusa
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O olhar dos outros

Quando a guerra terminou,  descobriu que ainda a trazia dentro dele - à guerra! -, como um tumor maligno. Ouvir Bob Marley acalmava-o

José Eduardo Agualusa
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Café Abismo

Comprara o estabelecimento, dez anos antes, a um velho colono português, o qual, por sua vez, o herdara do pai

José Eduardo Agualusa
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Viver sem certezas

Alguns serão tentados a acrescentar que poucas pessoas no mundo têm o direito de se colocar no lugar de fala dos paraquedistas sem paraquedas

José Eduardo Agualusa
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