A ordem não é aleatória. Ela não deriva apenas das sondagens, mas sim do que se ouviu e viu nos debates e na pré-campanha.
1. Rui Rocha: Subiu a pulso. Foi uma excelente surpresa nos debates. Tem uma ideia muito clara do que quer e qual o eleitorado que o fará subir. Estamos para ver a grandeza da escalada e como pode ajudar a AD. Sempre sereno, sempre liberal, ganhou merecidamente as asas para voar sozinho.
2. Mariana Mortágua: Está num caminho muito difícil. É suave no discurso, mas decidida nas ideias e apostas. Para aumentar os votos, não pode deixar o PS em rédea livre, e isso complica o entendimento. É diferente de Catarina Martins, claro que sim, mas não se amedronta com o cargo nem com a expetativa.
3. Rui Tavares: Um caso excecional. Melhor: um exemplo a seguir. É um lobo solitário, por agora, mas foi sempre muito bom nos debates – tal como nas eleições anteriores – e nunca se deixou perder nas confusões dos duelos televisivos ou da rádio. Devagar, mas com o rumo certo, vai chegar onde quer. E merece.
4. Paulo Raimundo: Está por provar. Sabe disso, e tudo tem feito para reanimar o seu núcleo eleitoral mais resistente. No dia em que mudar a sua posição em relação à guerra na Ucrânia, só acrescentará votos e vontades. Este PCP não desiste, nem se encolhe, mas vive momentos desafiantes e difíceis. Quem não vive?
5. Inês Sousa Real: Igual a si mesma, bate-se por causas. Isso tem um problema: se alguém se apropria delas, perde eleitorado. A ser eleita, estará sempre disponível para ajudar quem vier. É a sua matriz política. Assume e vai em frente. Ser eleita é um bom sinal para o nosso futuro coletivo.
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