A pouco mais de uma semana das eleições, há muitas sondagens, múltiplas interpretações e demasiados cenários. E há também uma certeza: apesar da voracidade com que se debitam tantas “verdades” a uma velocidade estonteante, ainda ninguém consegue prever, com total sinceridade e honestidade intelectual, quem vai ganhar as eleições de 10 de março.
Ninguém o faz porque, sondagem após sondagem, seja qual for o tamanho da amostra ou a dimensão da margem de erro, há algo que persiste e que raramente é valorizado: o número de indecisos permanece elevado e, apesar dos debates, da cobertura mediática intensiva da campanha e da proliferação de novas formas de comunicação, essa mola imensa de eleitores continua a não dar mostras de diminuir. Tudo indica, portanto, que estas eleições – como, aliás, as anteriores – vão ser decididas por cerca de um milhão de votantes, num impulso de última hora.