Telegrama: As eleições na Eslováquia e na Polónia vão criar uma tempestade política na Europa?
As eleições deste outono podem abrir uma brecha profunda no até aqui inabalável e coeso apoio da União Europeia à Ucrânia no conflito com a Rússia
A culpa é dos salários ou dos impostos?
Se quer aumentar o poder de compra dos portugueses, o Governo que faça a sua parte e reduza os impostos sobre os rendimentos do trabalho. Depois, os empresários que façam o resto – se puderem
Telegrama: A Europa já perdeu a guerra dos automóveis elétricos para a China?
A exportação de carros da China para a Europa cresceu 112% nos primeiros sete meses de 2023. Com uma agravante substancial: os chineses estão a oferecer agora aos clientes do Velho Continente o tipo de carros que as marcas tradicionais europeias apenas prometem para daqui a três ou quatro anos. De certa maneira, podemos estar a assistir hoje, na indústria automóvel, à repetição do fenómeno que ocorreu no mercado dos painéis solares, há cerca de uma década
Quem confia em Elon Musk?
A questão não é se Elon Musk é ou não um ser de inteligência superior, que já tem planos para a colonização de Marte e de como funcionará o governo no Planeta Vermelho, depois de os humanos chegarem lá nos seus foguetões, mas se ele é alguém em quem se pode confiar para tomar os comandos da Terra
Telegrama: Os petrodólares são bons no futebol, mas maus nos setores estratégicos da economia?
A Arábia Saudita gastou 915 milhões de euros, durante o verão, para encher de estrelas as suas equipas de futebol. Agora, prepara-se para investir mais do dobro desse valor na compra de 9,9% da Telefónica, para se tornar a maior acionista da grande operadora espanhola de telecomunicações. E, perante essa possibilidade, os alarmes começaram a tocar
Bomba-relógio no ensino
A revalorização da carreira docente deveria ser uma prioridade europeia, e o assunto, pela sua urgência, merecia estar no topo dos debates das próximas eleições europeias
Telegrama: Chegou ao fim a era do "domínio" de França em África?
Embora cada golpe militar ocorrido recentemente em África tenha tido motivações próximas diferentes, todos eles têm um mesmo denominador comum: a prevalência de um forte sentimento anti-francês
Critério e transparência
Os “afetos” de Marcelo também têm de ser distribuídos com o mesmo rigor e o mesmo critério que ele utiliza, por exemplo, no veto de um diploma ou no envio de uma lei para o Tribunal Constitucional
Telegrama: O reforço dos BRICS pode ser uma ameaça ao domínio global do Ocidente?
Se é verdade que os BRICS ganharam influência com este alargamento, também é inquestionável que importaram para o seu interior um conjunto de novas tensões, que poderão fragilizar a coesão do grupo
Telegrama: A Índia e o clima vão provocar uma crise mundial de falta de arroz?
Se começar a escassear aquele que é o alimento básico para mais de metade da população mundial, muitos comerciantes e cientistas esperam um impacto indireto no trigo, soja, milho e milho, que são usados como substitutos do arroz, tanto no consumo humano como para o fabrico de rações animais. Isso pode levar a um efeito dominó na procura e nos preços
O futebol é mais do que um jogo. Editorial de Rui Tavares Guedes
O futebol é responsável por grande parte da imagem internacional do País, e essa responsabilidade tem de ser assumida. O combate à violência no desporto tem de ser uma prioridade nacional
Ponto de ebulição
Não basta concordar com Guterres e Francisco. Se atingimos o ponto de ebulição, então chegou o momento de tirar a tampa da panela e de passar à ação
Telegrama: O golpe de Estado no Níger pode ser um risco para o mundo?
As implicações estendem-se à segurança na região – onde o Níger era visto como um dos países mais estáveis. Mas também tem profundas implicações económicas, visto que o país é um dos maiores fornecedores de urânio. Além de implicações geoestratégicas cada vez mais prementes: a Rússia, através do grupo Wagner, tem estado a ganhar influência na região
As contas fazem-se no fim
Encarar um megaevento apenas pelo lado do negócio é sempre errado. Até porque, sem os custos ainda quantificados, ninguém pode adiantar, com honestidade intelectual, quais serão os benefícios
Telegrama: Nem as ondas de calor extremo conseguem travar a rejeição da direita às políticas climáticas?
Após meses repletos de fenómenos climáticos extremos e com a temperatura a bater recordes, o mundo devia estar agora unido a tentar procurar soluções e a tomar medidas para evitar cenários ainda piores. Só que estamos a assistir precisamente ao contrário – ainda por cima com uma onda conservadora a aproveitar a situação económica para ganhar força e alargar a sua base de apoio, com base em promessas de curto prazo, e mantendo o ceticismo face à emergência climática
Mais debate e menos sondagens
O problema principal não é as sondagens errarem – o problema é continuarmos a alimentar uma perceção cada vez mais errada sobre as sondagens, a sua função e os seus limites
Quando o calor aperta, pede-se cabeça fria
As ondas de calor e os fenómenos extremos que têm marcado a vida na Terra nos últimos meses são a prova de que nenhum país ou região está imune às consequências de um rápido aquecimento do planeta
Telegrama: A liberdade de caricaturar está sob a maior ameaça de sempre?
Os tempos não estão fáceis para os cartoonistas políticos. Não só o seu espaço se tem reduzido na comunicação social de referência, como os que continuam no ativo estão sujeitos a cada vez mais ameaças e pressões
Longa jornada para o desconhecido
Desde o início, todo o processo organizativo da JMJ tem sido de um amadorismo atroz, com várias entidades a dividirem as tarefas, mas sem que exista, verdadeiramente, uma liderança capaz de definir prioridades, de coordenar com eficácia os vários atores envolvidos e de, nos momentos de crise (que ocorrem sempre...), saber dar a cara, assumir responsabilidades e avançar com soluções
Decência abaixo de zero
Joe Biden tem sido diferente de Trump, mas isso, por si só, não tem sido suficiente para fazer a diferença, de forma substantiva, nos EUA
Telegrama: A Inteligência Artificial é mesmo uma ameaça à nossa existência?
Dois séculos depois, a Inteligência Artificial (IA) parece ter ocupado o lugar da "criatura" inventada, em 1818, por Mary Shelley. Com uma particularidade relevante: agora são os próprios Frankensteins que pedem para que se trave o desenvolvimento da experiência, de forma a que ela não se transforme, mesmo, no "monstro" que nos pode… extinguir.