Nunca tantos países estiveram tão dependentes uns dos outros. Atualmente, como se vai observando, qualquer interrupção nas cadeias globais de distribuição tem consequências imediatas em várias latitudes, seja pela falta de matérias-primas, seja pela ausência repentina de produtos manufaturados ou pelo congelamento dos fluxos financeiros para os dois lados. A inflação passou a ser também de contágio rápido e global, como os piores vírus, baralhando até as previsões dos economistas e de alguns bancos centrais.
Vivemos, assim, num mundo completamente interligado, onde, em maior ou menor grau, todos dependem de todos. Uma era em que somos todos afetados pelas mesmas crises. Mas também uma era em que não olhamos todos da mesma forma para o que se está a passar no mundo. E a invasão da Ucrânia pela Rússia é o exemplo perfeito de como um mesmo acontecimento é visto por prismas diferentes em distintas partes do planeta.
