São 1270 metros quadrados de área e que incluem de tudo um pouco – um quarto de repouso, um pequeno ginásio com máquinas, salas de reuniões, um gabinete de crise (foi pensado para situações como sequestros de loja, mas até agora só foi usado em simulacros), um laboratório para testes de equipamentos e até uma loja fantasma. Esta “ghost store”, como lhe chama Silvestre Machado, é uma loja fictícia, mas recriada como uma loja real – tem pórticos anti-roubo, prateleiras e muito aparato tecnológico. É aqui que se colocam à prova muitas das tecnologias que o grupo Auchan pretende instalar nas suas lojas. “Temos parcerias com os fabricantes para testar produtos antes de entrarem no mercado”, adianta o diretor de segurança.
Quando entrámos neste espaço secreto da empresa, a videovigilância era claramente um dos elementos em destaque. Por cima das nossas cabeças, uma fila com várias câmaras de diferentes marcas estavam posicionadas para o ambiente de teste que Silvestre Machado e a sua equipa conceberam. Lá mais ao longe, uma câmara de dimensão imponente salta à vista. “Aquela câmara grande, mesmo na escuridão, consegue ler códigos de barras a sete metros de distância”, explica. Toda a panóplia de equipamentos e condições que o Centro Nacional de Segurança (CNS) do Auchan disponibiliza fazem dele um dos mais avançados centros de segurança e videovigilância do País – ou não tivesse já recebido visitas inclusive de cadeias de retalho concorrentes, como o Pingo Doce, de elementos do Santuário de Fátima ou da própria Polícia de Segurança Pública (PSP). E é a referência de todo o grupo Auchan – uma multinacional francesa com presença em 14 países – para questões de segurança.