Margarida Blasco, ministra da Administração Interna, exonerou esta sexta-feira Marcelo Mendonça de Carvalho, secretário-geral da Secretaria-Geral da Administração Interna, por “necessidade de imprimir uma nova orientação à gestão dos serviços”. Mendonça de Carvalho terminava a comissão de serviço de cinco anos em outubro.
“No decurso da presente comissão de serviço, verificou-se, porém, a necessidade de imprimir uma nova orientação à gestão dos serviços, no sentido de promover maior celeridade e prontidão da resposta, alinhada com os objetivos de promoção de uma relação institucional adequada às responsabilidades deste Governo e do Ministério da Administração Interna, que passará pela redefinição do papel e enquadramento jurídico-institucional da Secretaria-Geral da Administração Interna, com vista à sua reestruturação, a ocorrer durante 2025”, pode ler-se no despacho de exoneração de funções, publicado em Diário da República.
Ricardo Carrilho, o escolhido por Margarida Blasco para ocupar o cargo (em regime de substituição) a partir de sábado, desempenhava funções, desde 2014, como secretário-geral-adjunto do Ministério da Administração Interna. “Com uma extensa carreira e profundo conhecimento das matérias com relevância para a Administração Interna, ao longo da última década foi responsável pelas Relações Internacionais e Gestão de Fundos Comunitários no Ministério da Administração Interna”, pode ler-se numa nota do MAI.
No despacho, a ministra sublinhou que Carrilho tem “o perfil adequado e demonstrativo da aptidão necessária para o desempenho do cargo em que é investido e para se alcançar os objetivos pretendidos para a mesma Secretaria-Geral da Administração Interna”.
A secretaria-geral do Administração Interna foi assaltada em agosto do ano passado, tendo sido levados 10 computadores portáteis – de 600 euros cada – incluindo os computadores de Mendonça de Carvalho. Após o assalto, foi determinada à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a instauração de uma auditoria, cujas conclusões ainda não são conhecidas. De acordo com o Diário de Notícias, a saída antecipada de Mendonça Carvalho terá sido uma consequência da auditoria – uma notícia que foi desmentida por uma fonte oficial do MAI à agência Lusa – e avança que o desempenho do seu serviço é alvo de um processo disciplinar aberto pela IGAI.