Depois de vários adiamentos por motivos técnicos, o foguete SLS com a cápsula Orion partiu finalmente rumo à Lua no início desta semana. O sucesso da missão levou ao reatar de uma tradição na agência espacial norte-americana e a diretora Charlie Blackwell-Thompson esticou de bom grado a sua gravata para que esta fosse cortada.
O fim desta missão está previsto para 11 de dezembro, altura em que se prevê que a cápsula conclua a sua órbita lunar elíptica e volte para Terra, com uma aterragem amparada por um paraquedas prevista para o Oceano Pacífico.
Depois de um investimento de quase 40 mil milhões de dólares e um custo estimado de 4,1 mil milhões por lançamento, a Artemis visa abrir caminho para retornar o Homem à Lua e ainda ajudar a desenvolver novas soluções para missões espaciais tripuladas para mais além.
“O legado que esta equipa profissional empenhou para nos fazer chegar a este dia, ao longo dos últimos anos, é um legado que foi bem merecido e que vai continuar à medida que voltamos à Lua e depois vamos para Marte”, afirmou Bill Nelson, o administrador da NASA, citado pelo Space.com.
Blackwell-Thompson, a primeira mulher diretora de lançamento, disse que, “pela primeira vez, estou sem palavras. Quero que olhem à volta, olhem para esta equipa, e saibam que o mereceram. Vocês merecem o lugar nesta sala. Vocês merecem este momento. Mereceram o vosso lugar na História. São uma parte dos primeiros”, dirigindo-se a toda a equipa na conferência de imprensa após o lançamento.
Nos próximos dias, a Orion vai aproximar-se da Lua, chegando ao ponto mais próximo do astro a 21 de novembro, quando passar a apenas 60 quilómetros da superfície.