Na semana passada, foram divulgadas várias notícias que anunciavam que, numa iniciativa inédita, Bruce Willis teria vendido os direitos do seu rosto a uma empresa especializada em vídeos deepfake. Agora, um porta-voz do ator agora reformado (diagnosticado com afasia), desmente que Willis tenha qualquer acordo ou parceria com a DeepCake e reforça que os direitos do rosto são só do ator.
A história da semana passada parece ter origem no Daily Mail que cita que “o vencedor de dois Emmy Bruce Willis vai continuar a aparecer em filmes depois de ter vendido os seus direitos de imagem à Deepcake”. A notícia foi repescada depois por vários órgãos, mas acaba de ser desmentida oficialmente.
O que terá dado origem a este imbróglio terá sido o anúncio em que Bruce Willis, ou melhor, o seu gémeo digital criado pela Deepcake, figura e que publicita a empresa de telecomunicações russa. A Reuters publicou no seu Twitter um vídeo onde o processo criativo é explicado e se detalha que uma rede neuronal foi usada para ‘colar’ a imagem do rosto do ator norte-americano sobre o corpo de um ator russo.
A Deepcake já reagiu e explica que “o que ele [Willis] definitivamente fez foi dar-nos o seu consentimento (e muitos materiais) para produzir o seu Gémeo Digital”. A empresa salienta ainda que tem uma vasta biblioteca com muitos recursos de elevada resolução sobre celebridades, influencers atuais e figuras históricas. No seu site surgem algumas declarações que são atribuídas a Willis: “Gostei da precisão do meu personagem. É uma grande oportunidade para eu poder recuar no tempo. A rede neural foi treinada com conteúdos dos filmes Die Hard e Fifth Element, pelo que a minha personagem é semelhante à daquele tempo”.
O agente de Bruce Willis não confirma se estas declarações foram feitas pelo agente, mas realça que “notem que Bruce não tem qualquer parceria ou acordo com a empresa Deepcake”.