
Depois do iPhone de um dos autores dos ataques terroristas de San Bernardino, o FBI prepara-se para usar a já famosa ferramenta de desencriptação do iOS num iPhone e num iPod de suspeitos de assassínio de um casal de idosos no Arkansas.
Ainda não se sabe ao certo que ferramenta foi usada pelo FBI para conseguir a tão almejada desencriptação que nem com um mandado judicial conseguiu obter junto da Apple, e também não foram revelados os modelos dos dispositivos dos suspeitos de assassínio no Arkansas, mas sabe-se que o juiz encarregue do julgamento dos três adolescentes suspeitos aceitou adiar as audiências com o objetivo de garantir que a polícia local dispunha do tempo necessário para solicitar a ajuda do FBI no que toca à desencriptação do telemóvel e do leitor de MP3.
Os procuradores acreditam que a desencriptação do iPhone e do iPod poderá ajudar a revelar os planos dos três jovens que foram detidos no Texas, depois de levantadas as suspeitas da autoria de assassínio e roubo de um casal de sexagenários do Arkansas.
Os advogados de defesa reiteram que nada têm a temer quanto aos dados que poderão vir a ser revelados depois da desencriptação dos dispositivos, noticia o The Guardian.
A Apple já tornou público o desejo de aceder ao método de desencriptação usado pela polícia norte-americana – mas esse desejo poderá nunca realizar-se. A legislação atual determina que os organismos estatais e federais partilhem com as diferentes marcas as vulnerabilidades que descobrem em serviços e produtos comerciais, mas essa legislação, além de não contemplar medidas coercivas dissuasoras, integra ainda exceções que dão às autoridades o poder de recusar a partilha dessa informação em situações de segurança.
De acordo com a Reuters, a solução para este caso poderá vir a ser conhecida depois do trabalho levado a cabo por um grupo de peritos formado pela Casa Branca, que tem por objetivo rever a legislação sobre falhas de segurança que está atualmente em vigor.