Se ainda não ouviu falar no Tinder, podemos adiantar que é uma app que funciona como uma espécie de rede social, fomentando o encontro de pessoas que estejam interessadas em conhecer alguém novo. Mas se não conhece o Tinder, é ainda menos provável que conheça o 3nder, uma aplicação para iOS com mais de meio milhão de utilizadores, que já existe há dois anos e que funciona de forma similar ao Tinder mas com uma nuance: o objetivo final não é reunir pessoas interessadas em “romance” a dois, mas sim em “ménage a trois”.
A 3nder estava a preparar-se para disponibilizar a app para Android ainda este mês, mas enfrenta um obstáculo de peso: está a ser processada pela Tinder. De acordo com o The Next Web, a principal razão de queixa está na semelhança do nome (apesar da grafia ser diferente, 3nder é lido ‘thrinder’), sendo que o modo de funcionamento também difere pouco, com o utilizador a recorrer ao gesto de swipe para identificar as pessoas de que gosta ou não gosta.
Para chamar a atenção para o processo de que está a ser alvo, a 3nder criou o site Tinder Wants to Kill 3nder (“O Tinder quer matar o 3nder”, em tradução livre), onde destaca a disparidade de recursos à disposição de cada uma das empresas – refira-se que a Tinder pertence ao Match Group (companhia avaliada em cerca de 239 milhões de euros), enquanto o 3nder possui apenas oito funcionários.
Além disso, está a promover a hashtag #TinderSucksMySocks, uma alusão ao facto do processo estar a consumir tanto tempo à equipa que as pessoas nem têm tempo para lavar a roupa, vendo-se forçadas a usar sempre as mesmas meias. O 3nder está igualmente a incentivar os utilizadores a enviarem fotos das suas meias ao Tinder como forma de protesto. O caso pode parecer confuso, mas o que parece garantido é que será resolvido a três: Tinder, 3nder e tribunal.